Sorria Real Madrid você venceu o Barcelona. Depois de seis confrontos sem vencer o rival catalão o Real conseguiu o feito e na hora exata. A vitória foi sofrida, na prorrogação, mas o um a zero com gol de Cristiano Ronaldo deu o título para a equipe merengue que não vencia a Copa do Rey desde a temporada 92/93 há 18 anos. O domínio colchonero acabou neste jogo e o Real foi superior na maior parte da partida.
A vitória deu o primeiro título à José Mourinho como técnico do Real Madrid. O português que repetiu a escalação da última partida, mas deixou ainda mais recuada tirando o atacatante Benzema e colocando o alemão Ozil foi mais incisivo no jogo e teve mais chances de abrir o marcador. O Barcelona foi a campo sem o lutador Puyol e com Mascherano em seu lugar e alternava o esquema tático saindo do 4-3-3 para o 3-4-3 com Mascherano e Busquets ao lado de Piqué e os laterais brasileiros na frente junto de Iniesta e Xavi.
Jogadores do Real Madrid comemoram a conquista da Copa do Rey FOTO: AFP |
A primeira grande chance do Real foi com Ronaldo aos onze minutos. Ozil recebeu na frente, mas dominou errado. Viu Ronaldo do outro lado, dentro da área e o português também dominou mal e o chute não foi tão certeiro. O Barcelona só foi perigoso no segundo tempo com Pedro Rodriguez que colocou a bola no fundo das redes após grande passe, porém, o camisa 17 estava um pouco à frente e o impedimento foi muito bem marcado. O argentino Lionel Messi - assim como na primeira partida, estava pouco inspirado e quando executava suas belas jogadas, parava na marcação madrilenha.
Ronaldo teve ainda uma boa chance quando recebeu livre na esquerda a bola, quando a partida se encaminhava para o final. No momento que o português ia chutar, Daniel Alves bloqueou o chute. No último grande lance, Dí Maria driblou o marcador e chutou de direita, obrigando o goleiro Pinto fazer boa defesa. As poucas chances criadas que não resultavam em gol levaram a partida para a prorrogação e os pênaltis pairavam para a definição da partida.
Mourinho x Guardiola mais uma vez FOTO: AFP |
A equipe de José Mourinho continuava superior e já com a entrada de Adebayor no lugar de Ozil chegou com Ronaldo que chutou rente à trave. Guardiola manteve a mesma equipe que não conseguia se impor em campo. E do mesmo jeito que Iniesta parou a todos marcando o gol na prorrogação na vitória da Espanha na Holanda na última copa, Cristiano Ronaldo repetiu e aos treze minutos marcou.
E o gol veio de uma jogada prática no futebol. A triangulação na lateral do campo e o cruzamento na área. E foi assim que o lateral Marcelo fez. Tabelou com Dí Maria e cruzou na área na cabeça de Cristiano Ronaldo que com a marcação de Adriano fez o único gol da partida. O Barça teve o segundo tempo inteiro da prorrogação para o menos empatar a partida. Guardiola colocou Afellay e Keita logo após o gol, mas ambos não deram resultado e a vitória estava encaminhada para o Real Madrid que comemorou sua 18º Copa do Rey, esta com um gostinho especial com a vitória sobre o Barcelona.
Opinião: No segundo grande jogo entre as duas equipes deu Real Madrid que mesmo com um time ainda mais recuado sem nenhum atacante na frente conseguiu a vitóra. Se as críticas a Mourinho eram grandes quando escalou um zagueiro para formar uma linha de três volantes no empate em um a um, quero ver agora que tirou o único atacante e colocou um meia de armação. Ronaldo que fez o papel de camisa nove, ficou centralizado no trio de ataque e por isso foi pouco acionado. Tanto que no gol da partida, ele estava na direita com Adebayor já em campo, mesmo que isso não signifique muita coisa. José Mourinho para mim continua sendo covarde. Quando escalou seu time titular perdeu por 5 gols, mas pelo jeito esta equipe que jogou hoje é a única tática para parar o todo poderoso Barcelona.
Iker Casillas levanta sua primeira taça pós-conquista da Copa do Mundo FOTO: Getty Images |
Que a equipe do Barcelona é a base da seleção espanhola isso todos já sabem. Mas o que muitos podem não ter visto é que a equipe é melhor que a seleção pois, supre com dois brasileiros e um argentino as carências da atual campeã mundial. A Espanha não tem bons laterais. Sérgio Ramos é zagueiro enquanto Capdevilla é o único que não tem grandes holofotes. Daniel Alves e Adriano, dois laterais que merecem sem dúvidas vaga na seleção brasileira ocupam essa posição. Na Espanha é Xabi Alonso ou quem sabe Fernando Torres (que não vem fazendo muito milagre no Chelsea), mas Lionel Messi é o camisa 10 que toda seleção deveria ter (não o camisa 10 do papel) e a Espanha não tem e nunca teve. O argentino faz a diferença em campo e faria com certeza se jogasse com a camisa espanhola, mesmo que no momento não precise. Valdés é o terceiro goleiro da seleção que tem Casillas como titular, mas o goleiro do Barça melhorou com o tempo e hoje o presidente não precisa mais correr atrás de outro.
A equipe entrou da mesma forma da última partida, mas sem Puyol que faz tremenda falta. Porém, o que me chamou a atenção foi a forma como a equipe jogou. O 4-3-3 do papel, se transformava num 3-4-3. Os laterais brasileiros se adiantavam e formavam uma linha junto de Xavi e Iniesta. Mascherano e Busquets faziam uma dupla de zaga com Piqué como líbero e Messi ficava atrás de Villa e Pedro. O argentino era quem mais se movimentava em campo, buscando a bola de todos os lados, principalmente do lado direito do campo. Mesmo com o incrível esquema armado pelo técnico Pep Guardiola a vitória não veio e agora a vingança poderá vir pela Liga dos Campeões na próxima semana.
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