segunda-feira, 26 de julho de 2010

Aquilo que todos queriam

Primeira convocação de Mano Menezes no comando da seleção, e dá-lhe comentarista daqui, repórter dali, jornalista de tudo quer canto mostrando a sua opinião sobre a convocação do ex-técnico do Corinthians. Foi tudo tão rápido, que pouco tempo tive de comentar sobre a ida do gaúcho para o cargo mais desejado e difícil para um técnico. À pedido de todos, mídia, torcedor e principalmente, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Mano convocou jogadores jovens e com bastante futuro pela frente na seleção. Como resultado, o que se viu entre os convocados, foram jogadores jovens, fortes, bons nomes que contam com uma boa bagagem internacional. Abaixo, está cada um dos convocados e uma opinião pessoal sobre cada um deles, sem esqucer da idade deles que foi retirada do blog do Mauro Cézar Pereira.


GOLEIROS
Jefferson, Botafogo, 27 - Goleiro do Botafogo entre os convocados é novidade, já jogou o mundial sub-20, mas tem a idade ultrapassada para ser um futuro goleiro.
Renan, Avaí, 19 - Jovem demais, mas pelo que vem apresentando merece estar lá. Foi a melhor e mais jovem aposta.
Victor, Grêmio, 27 - Por pouco não esteve na última copa e merece ser o titular dentre os três.


LATERAIS DIREITOS
Daniel Alves, Barcelona, 27 - Sem comentários. Como lateral sim, não improvisado em qualquer lugar que seja.
Rafael, Manchester United, 20 - Boa convocação, mas Rafinha do Schalke 04 tem mais bagagem, merece ser convocado pelo bom futebol que apresenta há tempo.


ZAGUEIROS
David Luiz, Benfica, 23 - Está sempre em destaque na zaga do Benfica.
Henrique, Racing Santander, 23 - Se o Barcelona não o aproveitar logo, poderá ser esquecido, mas é um grande nome, senão o melhor da defesa junto com Thiago Silva.
Réver, Atlético-MG, 25 - Acabou de voltar da europa, não merecia estar entre os convocados, existem opções melhores.
Thiago Silva, Milan, 25 - Dentre os mais jovens é o líder da defesa.


LATERAIS ESQUERDOS
Marcelo, Real Madrid, 22 - Futuro Roberto Carlos.
André Santos, Fenerbahce, 27 - Maxwell, Adriano, Michel Bastos, Filipe Luís e até mesmo Fábio Aurélio são opções bem melhores que o ex-corinthiano.


VOLANTES
Jucilei, Corinthians, 22 - Tinha que ter um do Corinthians. Foi ele, mas não merecidamente, foi mais por ter o futebol mais conhecido por Mano.
Lucas, Liverpool, 23 - Como primeiro, como segundo volante, merece estar entre os convocados.
Ramires, Benfica, 23 - Sem comentários.
Sandro, Internacional, 21 - Não entendo. Denílson é titular do Arsenal, joga bem sempre como primeiro volante e ninguém olha para ele.


MEIAS
Ganso, Santos, 20 - Sem palavras.
Ederson, Lyon, 24 - Boa aposta, mas esteve na reserva na última temporada.
Hernanes, São Paulo, 25 - Não é meio campo, é uma opção como volante.
Carlos Eduardo, Hoffeinheim, 23 - É esperado bastante dele na seleção e já merece uma equipe melhor.


ATACANTES
Neymar, Santos, 18 - Se não jogar com mala, merece sempre estar na seleção.
Diego Tardelli, Atlético-MG, 25 - Não gosto do seu futebol, pela bagagem que tem já poderia ser mais do que uma promessa.
Pato, Milan, 20 - Tem que mostra seu futebol e se destacar mais do que o esperado no Milan. É para ser o novo camisa nove.
André, Santos/Dinamo de Kiev, 19 - Não.
Robinho, Santos, 26 - Merecia um descanso.


É claro, é somente a primeira convocação, mas a próxima postagem trará uma lista com oito "seleções" brasileiras, no total de 88 jogadores que poderiam, podem e merecem estar numa convocação da seleção ao menos uma vez na vida.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Campeonato Brasileiro - 8º e 9º Rodadas

Depois do estressante meês de copa onde foram três postagens por dia no mínimo que foram diminuindo com o andar da copa, mas aumentando de tamanho, de análise e de qualidade. Agora, na volta do campeonato brasileiro, será difícil falar das trinta e uma rodadas restantes, até porque o foco do blog é também os campeonatos europeus.

Nesta parada do brasileirão, as negociações de jogadores pegaram fogo e muitos trocas de técnicos e novas e boas contratações, modificaram e muito várias equipes. No Palmeiras, dois ídolos retornaram, Kléber e Luis Felipe Scolari. Sem muitas palavras e com o verdão em pauta neste post, a vitória no clássico contra o Santos com Murtosa no banco, Felipão no camarote e a derrota para o Avaí por 4 a 2 com Felipão no banco, deixaram a equipe Palmeirense na décima primeira colocação neste brasileirão. 

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 2 X 1 SANTOS - 8º Rodada

PALMEIRAS
Deola, Vitor, Léo, Danilo e Gabriel Silva; Edinho, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Lincoln (Tinga); Kléber (Tadeu) e Ewerthon (Patrik)
Técnico: Flávio Murtosa

SANTOS
Rafael; Maranhão, Edu Dracena, Durval e Pará; Arouca, Wesley, Alan Patrick (Zé Eduardo) e Madson (Paulo Henrique Ganso); Neymar (Marcel) e André
Técnico: Dorival Júnior
Data: 15/07/2010 (quinta-feira)
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Cléber Wellington Abade (BR)
Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa-SP) e Roberto Braatz (Fifa-PR)
Público: 9.400 torcedores
Renda: R$ 356.886,00
Cartões amarelos: Gabriel Silva, Edinho, Tinga, Marcos Assunção (PAL); Neymar, Pará (SAN)
Gols: Ewerthon, aos 12min do primeiro tempo; Tinga, aos 21min, Marcel aos 37min do segundo tempo
Demais Jogos

Grêmio 1 x 1 Vitória
Atlético-PR 0 x 2 Cruzeiro
São Paulo 1 x 2 Avaí
Flamengo 1 x 0 Botafogo
Guarani 0 x 3 Internacional
Goiás 0 x 0 Vasco
Ceará 0 x 0 Corinthians
Atlético-MG 3 x 2 Atlético-GO
Fluminense 1 x 1 Grêmio Prudente

AVAÍ 4 X 2 PALMEIRAS - 9º Rodada

AVAÍ
Renan; Patric, Emerson, Gabriel e Pará; Marcinho Guerreiro, Rudnei (Diogo Orlando), Rivaldo e Caio (Emerson Nunes); Robinho (Marcos) e Roberto
Técnico: Antonio Lopes

PALMEIRAS
Deola, Vitor, Edinho, Léo e Gabriel Silva; Pierre (Tinga), Márcio Araújo (Tadeu),
Marcos Assunção e Lincoln (Vinícius); Ewerthon e Kleber
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Data: 18/07/2010 (domingo)
Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC)
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS)
Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição (RS) e Júlio Cesar Rodrigues Santos (RS)
Cartões amarelos:
Rudnei e Émerson (Avaí), Éwerthon, Pierre, Edinho (Palmeias)
Cartões vermelhos: Pará (Avaí) e Léo (Palmeiras)
Gols: Gabriel Silva, aos 11 minutos, Caio, aos 24 minutos, Robinho aos 40 minutos do primeiro tempo; Kleber, aos 9 minutos, Caio, aos 45 minutos, e Roberto, aos 48 minutos do segundo tempo
Demais Jogos

Vitória 3 x 2 São Paulo
Vasco 3 x 1 Atlético-PR
Cruzeiro 1 x 0 Goiás
Corinthians 1 x 0 Atlético-MG
Atlético-GO 0 x 1 Flamengo
Internacional 2 x 1 Ceará
Santos 0 x 1 Fluminense
Botafogo 1 x 1 Guarani
Grêmio Prudente 2 x 0 Grêmio


Destaque para as duas derrotas do "todo poderoso" São Paulo e também do reformulado Atlético Paranaense. O Corinthians é líder e ainda continua invicto com 21 pontos. O Internacional tem a semifinal da Libertadores em disputa e ainda venceu bem suas duas partidas. O Grêmio anda decepcionando sua torcida e o Fluminense é a grande surpresa até o momento, junto com o Ceará.

FOTO E FICHA TÉCNICA: UOL.COM.BR

Melhores da Copa do Mundo 2010

Acabado o mundial, as análises feitas pelo blog em 64 postagens, foram mais que cansativas. Tentei assitir à todas as partidas, algumas vi somente alguns lances, outras acompanhei inteiramente, mas sem prestar muita atenção. Junto com a Fifa, aqui vão os melhores lances, jogos, jogadores, gols, enfim, toda a premiação desta copa do mundo da África.

Campeão: Espanha
Vice-campeão: Holanda
Terceiro Lugar: Alemanha
Quarto Lugar: Uruguai

Melhor Jogador da Copa: Diego Forlán
Artilheiro da Copa: Thomas Muller. Tivemos ainda Villa, Sneijder e Forlán.
Melhor Goleiro da Copa: Iker Casillas
Prêmio Fair Play: Espanha
Melhor Jogador Jovem: Thomas Muller





Melhor Jogo da Copa: Alemanha 4 x 1 Inglaterra
Pior Jogo da Copa: Suíça 0 x 0 Honduras
Surpresas: Uruguai na semifinal e Nova Zelândia invicta.
Decepções: França e Itália, sem mais.

Gol Mais Bonito: Gio van Bronckhorst contra o Uruguai.
Gol Mais Perdido: Yakubu contra a Grécia.
Gol Mais Sofrido: David Villa contra o Paraguai.
Gol Mais Comemorado: Iniesta contra a Holanda.






Melhor Defesa: Valladares no cabeceio de Ponce contra o Chile.
Melhor Imagem: Entrada dos jogadores da África do Sul na primeira partida.
Pior Erro de arbitragem: Gol não validado da Inglaterra contra a Alemanha.
Pior Despedida: Raymond Domenech ao não cumprimentar Parreira.
O Cara: Diego Armando Maradona, técnico da Argentina.
O Personagem: O polvo Paul, acertou tudo.
O técnico: Joachim Low.
A Seleção: Alemanha.


A Seleção da Copa:

Iker Casillas: Impecável.
Phillp Lahm: O melhor dos dois lados.
Carles Puyol: Forte e seguro.
Diego Lugano: Líder na defesa uruguaia.
Gio van Bronckhorst: Brilhou antes da aposentadoria.
Andrés Iniesta: Talentoso e iluminado.
Bastian Schweisteiger: Cabeça erguida e bola pra frente.
Wesley Sneijder: Ótimo na Holanda.
Thomas Muller: Revelação sensação.
Diego Forlán: Essencial para o Uruguai.
David Villa: Definiu para a Espanha.

domingo, 18 de julho de 2010

4-2-3-1 O esquema da moda

É realmente um saco ficar ouvindo falar que agora todas as seleções dessa copa, testaram, jogaram, tentaram o esquema 4-2-3-1, com uma linha de quatro, dois volantes, três meias e um atacante. O que é mais irritante ainda, é que essa formação parece que saiu do nada, para ser o mais usado por todas as seleções desta copa. E que técnicos de clubes irão repeti-las nesta nova temporada européia e até mesmo aqui no Brasil.


A Alemanha, foi a seleção que mostrou um futebol bonito e envolvente nesta copa, tendo um contra-ataque mortal, mas que no final, faltou o título para sair coroada como uma grande surpresa. Com Khedira e Schweisteiger de volantes, os dois foram bastante eficientes. Ozil fazia o papel de cérebro da equipe, mas o grande destaque mesmo estava nas pontas, com o jovem Muller e Podolski jogando muita bola e sendo o principal fator da Alemanha ter chegado tão longe. Tanto que a falta de Muller na derrota para a Espanha, demostrou isso.

A campeã espanha, vinha com Torres e Villa na frente, desde a ausência de Raúl, depois da última copa. Porém, já antes da partida contra a Alemanha nesta copa, David Villa voltava para compor o meio-campo do lado esquerdo neste esquema. Iniesta jogava pela direita e Xavi vinha pelo meio, posição que não é a sua habitual e por isso não fez uma copa do mundo como no Barcelona e em outros momentos na própria seleção.

Já a Holanda, jogava com dois volantes raçudos, de Jong e van Bommel e tinha ofensivamente, Sneijder, Robben, Kuyt e van Persie formando um losango na frente. O esquema audacioso e funcional. Não chegava a ser um 4-3-3 pois eram dois volantes e não dois meias. Era um pecado deixar van der Vaart no banco, jogador com as mesmas características de Sneijder, mas que era preterido pelo técnico graças ao esquema e não vinha de uma temporada tão boa quanto seu companheiro. Um outro problema desta equipe foram as lesões. Roben van Persie não jogava desde o início do ano, assim, não tinha ritmo de jogo nem familiaridade em ser o atacante de área, que era de van Nistelrooy.

Dentre outras seleções, a seleção Portuguesa é a que mais usa este esquema (usava, antes de Queiroz ser técnico, hoje é difícil saber qual é o esquema adotado pelo técnico). Como Portugal não tem muitos atacantes de qualidade, Pauleta era sempre o titular. Nuno Gomes era o reserva imediato. Com isso, nas seleções lideradas por Felipão, nas duas eurocopas e na única copa do mundo, Portugal jogava com dois volantes, Maniche e Costinha e três meias, Ronaldo pela direita ou esquerda, revezando com Figo e Deco pelo meio campo. Simão era o cara que entrava no lugar de Figo e ficou com esta vaga após a aposentadoria deste. Após Rui Costa ter pendurado as chuteiras na seleção, Deco ficou inteiramente com a vaga no meio campo.

Para quem não sabe, esse esquema, 4-2-3-1, foi mostrou-se vitorioso pela França, nas duas vezes que ela chegou à final. Em 98, jogando em casa, a equipe tinha quatro atacantes: Guirvach, Dugarry e os promissores Trezeguet e Henry. Depois de vários esquemas e jogadores testados por Aimé Jacquet, técnico de época, a contar também a ausência de Zidane em dois jogos devido ao cartão vermelho que levou ainda na primeira fase. Lutou, foi vencendo, jogou com Trezeguet e Henry contra o Paraguai vencendo no sufoco. Os dois talvez, fossem o grande empecilho para a equipe ideal. Mereceriam a titularidade na copa sendo tão jovens?

Graças à Laurent Blanc expulso, a França não repetiu contra o Brasil, a mesma equipe que venceu a Croácia. No geral, a equipe com Barthez, Thurram, Leboeuf, Desailly e Lizarazu; Deschamps e Djorkaeff eram os dois volantes, Karembeu pela direita, Petit pela esquerda e Zidane pelo meio, formavam o meio campo e Guivarch era o único atacante, deixando seu parceiro Dugarry no banco. Trezegue e Henry, acabaram sendo reservas de luxo, junto com o bom meia Robert Pires e o volante Patrick Vieira.

Depois esta mesma equipe foi campeã da eurocopa em 2000. Com Vieira titular, Zidane era algumas vezes o único meio campo da equipe, sendo auxiliado por Deschamps e Djorkaeff. Guivarch que foi titular em 98, nunca mais seria convocado para uma competição e Dugarry tinha Henry e Trezegue como parceiros de ataque, ou ficava no banco com a dupla nascida em 77 sendo titular.

Já em 2006, a conquista do vice-campeonato com Raymond Domenech veio com Trezeguet errando a cobrança na disputa de pênaltis e culminando a vitória italiana. O camisa 20, jogou a copa inteira como reserva e pouco entrava nas partidas. Entrou na final e se tinha um que poderia vir a errar era ele. Com Henry titular, a equipe tinha a volta de Zidane à seleção novamente como o cérebro do meio campo, junto com Ribéry e Malouda pelos flancos. Makélelé e Vieira formavam a dupla de volantes.

Contudo, a França chegou à duas finais com este esquema. Portugal é a única seleção mais grande que é apta a jogar neste esquema por ter um déficit de atacantes. Sem Pauleta e Nuno Gomes, hoje a naturalização de Liédson foi mais viável. Colocar Cristiano Ronaldo seria piada. Nesta copa, África do Sul começou com este esquema, mas não foi longe. Austrália é outra equipe que varia entre o 4-2-3-1 e o 4-3-2-1, sempre com um atacante na frente.

Nos clubes, Rafael Benítez jogava neste esquema com somente Torres na frente. Kuyt o outro atacante jogava pela direita, enquanto Gerrard vinha pelo meio. Do lado esquerdo era a deficiência da equipe até a chegada de Maxi Rodriguez. Agora com o recém chegado Joe Cole, difícil saber quem será reserva, ou se um volante será poupado para a entrada do inglês. Se Pellegrini não colocasse Ronaldo como um segundo atacante, o Real Madrid seria outra equipe a utilizar este esquema já que não tem muitos atacantes, ainda mais com a possível saída Raúl González que há tantos anos no clube, está sendo "deixado de lado" pelo clube que tanto honrou.

domingo, 11 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Final - Holanda 0 x 1 Espanha



Espanha. Finalmente, Espanha. Merecidamente Espanha. Três vezes Espanha, mas quem foi tri foi a Holanda, que mais uma vez, acabou ficando com o vice. Se os espanhóis foram campeões, nada mais que merecido. Merecem o título desde a outra copa, que apesar de encantar a todos nas eliminatórias, como esta, acabou levando o revés contra a França. Passado isso, dominaram a Europa, com o título de 2008. Correram atrás do mundo. Chegaram lá. A Fúria chega ao seu primeiro título mundial e está no grupo de campeões mundiais, junto com Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra.

Detalhes. Futebol é sempre decidido em detalhes. Cento e vinte minutos de bola rolando e num simples detalhe para Casillas levantar a taça mais desejada do mundo, após o apito do juíz. O lance do gol começou na cobrança de falta batida por Sneijder. A bola desviou clamorosamente em Fabregas e saiu para fora. O escanteio não foi visto pelo juíz. O jogo continuou e o tiro de meta do goleiro foi parar na bola trabalhada pela equipe espanhola. O primeiro lançamento foi interrompido por van der Vaart. Se passasse, era impedimento, (isso se o bandeira marcasse). Mesmo com vários holandeses no lance, faltava um, Heitinga que foi expulso de forma injusta. No rebote, um novo passe para Iniesta que oportunista, teve a chance de levar a Espanha para a glória máxima do futebol.

A partida foi chata. Como já disse, há se toda final fosse uma disputa de terceiro lugar. Faltaram bons lances, jogadas empolgantes e envolventes. O futebol total criado pela Holanda não foi visto nesta copa. A pragmática equipe holandesa, venceu todas as suas partidas sem mostrar esse futebol, mas vencia. Venceu o Brasil e mostrou verdadeiramente sua força. Força até demais. Foram oito cartões amarelos. O único vermelho, foi meio injusto. O zagueiro Heitinga segurou Iniesta com a mão. Porém, o jogador espanhol se jogou tempo depois do holandês ter soltado o meio campo. O cartão vermelho foi o quinto em uma final de copa. Iniesta, foi o personagem da final, na comemoração, homenageou Dani Jarque ex-jogador do Espanyol (rival do Barcelona) que faleceu há mais de um ano.

O primeiro tempo foi todo espanhol. A Holanda somente se defendia. Com 5 minutos, Sérgio Ramos cabecou após o escanteio e o goleiro Stekelenburg fez boa defesa. O lateral espanhol chegou mais uma vez com 9 minutos de partida. No chute cruzado, Heitinga tirou a bola da área. Até os 30 minutos, a Holanda só chegou perto do gol com Kuyt, após falha de Busquets e Sneijder numa cobrança de falta. No mais, van Persie, Puyol, van Bommel, Sérgio Ramos e de Jong (num lance de karatê sobre Xabi Alonso) levaram cartão amarelo e mostraram que o futebol vistoso também é faltoso. Também, não é de se surpreender, afinal, um título de copa do mundo estava em disputa.

Em um lance curioso, a Holanda quase sai na frente. Heitinga devolve a bola para a Espanha no fair-play, após Puyol ter trombado com Casillas. O chute foi para o goleiro, a bola quicou e passou por cima dele, se entrasse, o mundo ficaria besta, diante de um lance bestial. Validaria o gol, o gol mais "limpo" desta copa ou mandaria voltar um lance legítimo. A bola raspou a mão de Casillas e no escanteio, a bola foi devolvida novamente para a Espanha.

Antes do final do primeiro tempo, os holandeses se soltaram mais. Sneijder o melhor jogador holandês não apareceu muito em campo mas, não fora preciso. Pedro, Xavi Alonso e Robben arriscaram bons chutes que não assustaram tanto. O começo do segundo tempo, mostrou o jogo um pouco mais solto. Capdevila perde ótima chance dentro da área com 2 minutos de partida. Com menos de dez minutos, Robben e Xabi Alonso chutam forte de fora da área, entratanto o gol não sai. Gio van Bronckhorst levou o primeiro cartão amarelo da segunda etapa, depois Heitinga também teve o nome anotado no cartão do juíz Howard Webb.

Após o lançamento de Sneijder, Piqué falha e Robben fica cara a cara com Casillas. A chance do título foi desperdiçado pelo camisa 11 que tocou no canto esquerdo do goleiro, que pulou para o direito, mas defendeu com a ponta do pé, tirando o gol holandês com 17 minutos de jogo. A Espanha, que jogou de azul, devolveu com Villa, após falha da defesa holandesa. Capdevila foi mais um que levou o cartão amarelo. Logo depois, sua equipe chegou com David Villa e Sérgio Ramos com dois lances desperdiçados.

Em mais um lance de Robben no ataque, o holandês ganha de Puyol na corrida e fica mais uma vez contra Casillas. Porém, o goleiro vence mais uma vez, parando a bola logo que o camisa 11 cortou para a direita. O gol não saia e o jogo demonstrava ir para a prorrogação. Noventa minutos de jogo e na primeira oportunidade cara a cara com Casillas, van Persie se livra do goleiro, mas impedido ficou sem chance de fazer o gol para a Holanda, antes do apito final do árbitro.

Visivelmente cansadas, as duas equipes retornaram a campo sem muito fôlego para buscar o gol. Todavia, a segunda etapa começou como foi o primeiro tempo, com os espanhóis atacando. Na boa troca de passes, Xavi vai para chutar a bola, mas Heitinga põe o pé na frente e impede um possível gol espanhol. Cinco minutos da prorrogação, Fabregas tem chance parecida com a de Robben, mas desperdiça e os méritos ficaram para Stekelenburg. Após a cabeçada de Mathijsen por cima do gol na cobrança do escanteio, a fúria chega perto com Iniesta, Jesus Navas e Fabregas. Num lance curioso, Braafheid que havai entrado no lugar de Gio, corre para marcar a bola e o jogador espanhol que receberia o cruzamento, mas a bola bate em sua cabeça este quando estava de costas e vai parar nas mãos do goleiro holandês.

No segundo tempo da prorrogação, Heitinga acaba sendo expulso e fez falta na defesa holandesa, que já havia feito as três substituições possíveis. Na cobrança da falta, Xavi chuta por cima do travessão. Diferente de Sneijder que na cobrança de falta com 9 minutos, a bola bateu na barreira e saiu. O árbitro não viu. O lance seguiu com a cobrança do tiro de meta. A Espanha trabalhou bem a bola, viu Fernando Torres livre na esquerda, o camisa 9 cruzou na área para Iniesta impedido, van der Vaart interrompe e no rebote, o passe vai parar novamente em Iniesta que domina e chuta para marcar o gol de todo o futebol espanhol.

Faltando dez minutos para o fim, a Holanda pouco poderia fazer e assim fez. Sneijder tentou no chute do meio de campo sem efeito e para fora. Com o apito do juíz, a Espanha finalmente mostrou que não amarela em finais e chega ao seu primeiro título mundial, após 80 anos de copa do mundo. Mais que merecido, a Espanha carrega uma invencibilidade há bastante tempo, sofrendo somente duas derrotas, para os EUA na copa das confederações e para a Suíça na estréia.

Essa derrota, fez a Espanha ser a primeira seleção a vencer uma copa, perdendo o primeiro jogo. A vitória contra Honduras, valeu o ingresso e concretizou o que era esperado. Sobre o Chile, a vitória saiu e também o primeiro e único gol sofrido por Casillas. Nas oitavas, passou com três vitórias por um a zero. Não que a final foi diferente, mas foi melhorando a cada jogo. Sobre Portugal, Paraguai a vitória foi sofrida. Sobre a seleção com o melhor futebol desta copa, a vitória foi merecida. Contra a Holanda, sairia o primeiro campeão inédito e em sua primeira final, a Espanha foi a campeã da Copa da África do Sul.

"Errar é humano. Ser árbitro é desumano. Numa copa onde a arbitragem merece represálias, um simples polvo a benção, quem brilhou mais foi a alegria africana, que foi vista e criticada por meio da vuvuzela. O futebol foi empolgante, pragmático, mas pela primeira vez quem era amarelão, foi campeão."






Esquemas





















Não existe esquema em final de copa do mundo. Os onze de cada equipe que vão a campo, sabem o que tem que fazer, o que é para ser feito e tem que dar o sangue para trazer a vitória e a glória para seu país.


Holanda 0 x 1 Espanha



Melhor da Partida: Andrés Iniesta
Ficou Devendo: Arjen Robben
Destaque: Iker Casillas
Local: Estádio Soccer City, em
Johanesburgo (África do Sul)
Data: 11/07/2010 (domingo) e Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Howard Webb (ING) e Auxiliares: Darren Cann (ING) e Michael Mullarkey (ING)
Gol: Iniesta (Espanha) aos 10 minutos do segundo tempo da prorrogação
Cartões amarelos: Van Persie, Van Bommel, De Jong, Van Bronckhorst, Heitinga, Robben, Van der Wiel e Mathijsen (Holanda); Puyol, Sergio Ramos, Capdevila, Iniesta e Xavi (Espanha)
Cartão vermelho: Heitinga (Holanda)
Público: 84.490 torcedores.

Copa do Mundo 2010 - Análise da Final - Holanda x Espanha

Mesmo antes de começar esta copa, todos sonharam em chegar no dia 11 de julho de 2010, no estádio Soccer City em Johannesburgo, na final desta copa do mundo. A copa começou e pouco a pouco todos foram vendo os fracassos, as surpresas, as emoções e os gols que fazem a alegria e principalmente a vitória.

No final de tudo isso, restaram somente Holanda e Espanha. Duas equipes que historicamente merecem sair com o título que nunca conquistaram. Pela primeira vez numa final, a Espanha tem a fama de "amarelar" quando é mais preciso vencer. Sempre contou com boas seleções e sempre decepcionou a todos. Desde Amancio, Gento, Di Stéfano, Quini, Butragueño, Zubizarreta, Hierro e Raúl a Espanha tem nessa equipe a chance de mostrar que merece estar no hall dos campeões.

A Holanda, mostrou ao mundo o "futebol total", ofensivo e envolvente da equipe de 74, liderada por Cruijff que recebeu o título de "carrossel holandês" pela mobilidade em campo imposta pelo técnico Rinus Michel. No entanto, esta equipe chegou duas vezes a grande final mas, ficou com a derrota nos dois confrontos e amargou o vice campeonato. Mostrou novamente sua força com o belo trio formado por Rijkaard, Gullit e van Basten que só chegou ao título da eurocopa em 88. Em 94 e 98, parou duas vezes na seleção brasileira. Neeskens, Rensebrink, irmãos Koeman, irmãos de Boer, Bergkamp, Overmars, Kluivert, Seedorf, Davids, Cocu, van der Sar e Ruud van Nistelrooy ficaram para trás e a jovem geração de 2006 vem mais madura e com vontade de alcançar a glória do futebol mundial e mostrar que o futebol holandês merece estar nela.

As duas seleções, mereceram e muito estar nesta final. Holandeses e espanhóis, foram as únicas seleções que não perderam na eliminatória européia. Contudo, somente a Holanda manteve o 100% até agora, não perdendo nenhum jogo, estando invicto há 25 partidas. Os espanhóis, decepcionaram ao perder a primeira partida desta copa para a Suíça, contudo mostraram o poderio que tem e culminaram isto ao vencer os alemães na semifinal, repetindo o feito da final da eurocopa de 2008.

A Espanha, vem com quase a mesma seleção de 2008. Sem o brasileiro naturalizado, Marcos Senna, todos aqueles que poderiam ser considerados titulares estão no elenco desta copa. Da equipe titular, Piqué, Pedro e Busquets são as novidades, os três vindos da base do Barcelona. Casillas, Sérgio Ramos, Puyol e Capdevilla formam uma defesa competente e dedicada. Xavi, Xabi Alonso, Iniesta e Villa, completam o time do meio campo para frente, que ainda tem o luxo de ter Fernando Torres, David Silva e Fabregas na reserva. Os três, obviamente, merecem entrar nesta final e terão a chance de suas vidas para entrar pra a história espanhola.

Com estes jogadores, a Espanha demonstra ter uma seleção melhor que a da Holanda. E é, tanto individualmente quanto coletivamente. A seleção laranja, demonstra algumas vezes uma 'panelinha' entre os nascidos em 84 e destaques desta seleção, Sneijder e Robben. Dos nascidos em 83, van Persie e van der Vaart, um é centro-avante e outro é reserva, um pela ausência do antigo camisa nove, van Nistelrooy e outro pela escalação de somente um meia ofensivo. Kuyt completa o "quadrado mágico", merecendo sempre estar entre os titulares, pela sua técnica, tática, garra e obediência em campo. Por isso não é ele o camisa 9 desta seleção.

Se a Espanha tem Casillas, a Holanda tinha van der Sar que de fato é melhor que o espanhol. Mas a idade pesou e Stekelenburg tem a tarefa de ocupar a vaga de um dos melhores goleiros de todos os tempos. Foi bem, muito bem. Mas não foi o melhor. A defesa espanhola é melhor e mais raçuda com Puyol e Piqué, mas Heitinga e Mathijsen não deixam a desejar. As duas seleções não tem laterais direitos tão bom. Mas o zagueiro que com o tempo virou lateral Sérgio Ramos, fez uma copa melhor que van der Wiel que não mostrou a mesma técnica que demonstrou no Ajax e fez uma copa discreta. Na esquerda está o grande problema da seleção espanhola. Capdevilla é obediente e tudo mais, mas deixa a desejar tanto para defender quanto para atacar. Não é tão ousado quanto Gio van Bronckhorst, capitão que mostrou audácia no golaço, o melhor da copa até agora, contra o Uruguai.

As duas equipes mesmo bastantes ofensivas, mantém dois volantes. Busquets protege a zaga espanhola e de Jong faz o mesmo do lado holandês. Os dois não ostentam tanta categoria e habilidade para serem titulares nas respectivas equipes, porém, garantem a manutenção da bola no meio campo, além de roubá-la também. Xabi Alonso e van Bommel são raçudos, chegam à frente e ajudam na marcação. Agora a disputa fica mais concorrida.

Mesmo com Xavi e van Persie não vem fazendo uma excelente copa, é por não estarem jogando onde gostam. O camisa 8 espanhol não é meia e o holandês gosta de jogar pelos lados. Tanto por isso que Sneijder e Villa, são os destaques em suas equipes, artilheiros e concorrem na disputa para melhor jogador da copa. Xavi e Sneijder são os cérebros do jogo. Iniesta e Kuyt são muitas vezes atacantes e meias, ambos pelo lado esquerdo do campo. Mesmo sem muita estrela, sem muitos holofotes, são essenciais na tática de suas equipes. Para completar, Robben pode desequilibrar do lado direito do campo, como também pode ser incapaz de fazer alguma coisa. Já Pedro, substitui Fernando Torres e pode surpreender nesta final, não fazendo é claro o mesmo que fez na vitória sobre a Alemanha, não dado o passe do gol da vitória para Torres.

Entretanto, jogador por jogador, ninguém é melhor. Coletivamente, holandeses e espanhóis são duas grandes equipes e é difícil dizer quem ficará com o título. Nem mesmo o polvo profeta poderá acertar. Tudo será decidido às 15h30min horário de Brasília, 20h30min na África do Sul. O artilheiro, sairá desta final. O melhor jogador da copa, sairá desta final. O melhor jogador do mundo, também poderá sair desta final. O campeão inédito, também sairá desta final, duas equipes com um lindo futebol, que mesmo não mostrando isso durante esta copa, foi assim que chegaram até esta final e lutam hoje por um título inédito.

sábado, 10 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Disputa do 3º Lugar - Uruguai 2 x 3 Alemanha

Disputa de terceiro lugar é sempre assim: acirrada, disputada e o melhor, com bastantes gols. A história comprova isso e o jogo de hoje não foi diferente. Cinco gols, duas viradas e "os derrotados" saíram de cabeça erguida pelo bom mundial que fizeram, mas com um desejo estar jogando um dia depois. Se toda final fosse assim...

Já com dez minutos de partida, Diego Forlán tem a chance de abrir o placar em duas cobranças de falta. A primeira, Cacau tira com o braço. Na segunda oportunidade, a bola passa rente o travessão assutando a torcida alemã. A Alemanha deu o troco com Friedrich que cabeceou a bola na trave. No chute de fora da área do alemão Schweisteiger, a bola foi forte e o goleiro Muslera deu o rebote. Muller estava atento e fez o primeiro gol da partida com 18 minutos de jogo.

Seis minutos depois, Forlán cabeceia dentro da pequena área mas Mertesacker está lá para tirar com a perna. Na linda roubada de bola de Diego Pérez no meio campo, Suárez pega a bola e no três contra dois, toca para Cavani na esquerda que toca no canto esquerdo do goleiro Butt aos 27 minutos e empata a partida. Por mais que funcionasse, o ataque uruguaio não é tão entrosado. Forlán lança Suárez na direita que em diagonal entra na área e bate para fora no canto direito do goleiro. Pudesse devolver para o mesmo Forlán que vinha mais atrás sem marcação ou para Cavani que na área poderia marcar o gol trombando.

Antes de encerrar o primeiro tempo, a falta de Schweisteiger fica na barreira e Forlán tenta o gol olímpico que vai por cima da rede. O primeiro tempo foi bom, disputado e com gols. As chances saíram para os dois lados e era difícil saber quem iria sair com a vitória. A segunda etapa começou com a equipe uruguaia quase chegando ao segundo gol nos chutes de Cavani e Suarez no mesmo lance. Aos seis minutos, a boa jogada de Arévalo pelo lado direito, acaba com o cruzamento para Forlán na entrada da área. A bola vai meia altura e o camisa 10 pega um belo voleio, digno de replay, sem chances para o goleiro Butt.

O gol mostrou a força uruguaia, porém, sofreram o revés ainda cedo. O cruzamento de Jerome Boateng que desta vez jogava pela esquerda, caiu na cabeça de Jansen que meio atabaloado, aproveitou a falha do goleiro Muslera e empatou a partida. O gol saiu com 9 minutos da segunda etapa. Restavam então 35 minutos para saber quem iria vencer ou se ia para a prorrogação. Com 16 minutos, Suarez arriscou de fora da área e fez o goleiro Butt executar uma bela defesa. A azul celeste não estava morta e chegou três minutos depois depois da bela jogada que caiu nos pés de Forlán que mesmo sem ângulo arriscou e Butt fez outra boa defesa.

A esta altura, quem fizesse o terceiro gol provavelmente sairia com a vitória. Com 34 minutos, Kiessling chega atrasado e não aproveita o bom cruzamento de Boateng. Logo depois, Khedira no rebote do escanteio e põe de cabeça a bola no fundo das redes, garantindo praticamente o terceiro lugar alemão. Contudo, o último lance da partida a falta perto da área era a última chance uruguai na partida. Forlán cobra-tudo pegou bem na bola mais uma vez e ela foi parar no travessão. Sem o gol, sua equipe volta para casa com o quarto lugar mais que festejado e surpreendente, enquanto a Alemanha fica mais uma vez com o terceiro lugar, mas desta vez com o sabor de que poderia ter conseguido mais.

Esquemas






















O Uruguai vinha com Fucile na direita e Cáceres novamente na esquerda. Álvaro Pereira continou no banco e desta vez Maxi Pereira jogou no meio. Cavani completou do lado esquerdo, assim como foi contra Gana.
Sem Lahm que não estava com ânimo para jogar a disputa do terceiro lugar, Boateng jogou na direita e fez boa partida, bem melhor a que ele jogou na esquerda. Aogo entrou no seu lugar. Jansen entrou na posição de Podolski e Cacau na de Klose que machucado não pode tentar ultrapassar a marca de Ronaldo e ser o maior artilheiro de todas as copas.

Uruguai 2 x 3 Alemanha

Melhor da Partida: Thomas Muller
Ficou Devendo: Sami Khedira
Destaque: Diego Forlán
Local: Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth (África do Sul)
Data: 10/07/2010 (sábado)
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Benito Archundia (MEX)
Auxiliares: Hector Vergara (CAN) e Marvin Torrentera (MEX)
Cartões amarelos: Aogo, Cacau e Friedrich (Alemanha); Diego Pérez (Uruguai).
Gols: Müller (Alemanha), aos 19 minutos; Cavani (Uruguai), aos 28 minutos do primeiro tempo. Forlán (Uruguai), aos 6; Jansen (Alemanha), aos 11, e Khedira (Alemanha), aos 37 minutos do segundo tempo.



Foto do jogo: terra.com
Foto do MJC: fifa.com
Ficha a partir do local: espn.com

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Semifinal - Alemanha 0 x 1 Espanha

Recapitulando a final da eurocopa de 2008, Espanha e Alemanha fizeram como em 2008, um bom jogo, disputado e com chances de gol para cada lado. O resultado foi o mesmo de dois anos atrás, contudo, desta vez a Espanha finalmente chega para sua primeira final de copa do mundo. Uma seleção que sempre prometia e com a mesma grandeza sempre amarelava. A Alemanha foi inferior em toda a partida e sentiu falta do meia-atacante Muller.

O início da partida mostrou como foi o jogo inteiro. A Espanha foi para cima e mantinha maior posse de bola. Se impôs mais em campo e teve as primeiras oportunidades da partida. David Villa recebe belo passe de Pedro Rodriguez, mas Neuer impede o gol. A pressão espanhola do início diminuiu. Após cruzamento na área, com 13 minutos Puyol cabeceia por cima do gol. Logo depois, Casillas tira a bola da área na cobrança de escanteio que assustou a defesa.

Até o final do primeiro tempo, os dois times atacavam, porém não chegavam muito perto ao gol. Sérgio Ramos arriscou do flanco direito sem ângulo, Xabi Alonso deu o primeiro de vários chutes seus ao gol, todos passando perto mas, não obrigando Neuer a fazer defesas. A Alemanha chegou no chute de Trochowski que substituia Muller. O lance aconteceu com 36 minutos do primeiro tempo e foi o principal ataque alemão no primeiro tempo. A equipe de Joachim Low estava sumida em campo e o contra-ataque foi pouco eficiente sem Muller. Pedro de fora da área teve a última chance de alterar o placar no primeiro tempo, mas o bom chute seguiu da defesa tranquila do goleiro.

Para o segundo tempo, a Alemanha precisava melhorar a forma de jogo. Porém, foi a Espanha que voltou melhor. Xabi Alonso arriscou dois chutes já no início da segunda etapa. Com 9 minutos, Capdevilla rouba a bola, Xabi Alonso ajeita para Xavi que chega chutando, no rebote Xabi pega a bola e dá de calcanhar para Iniesta que cruza dentro da pequena área para David Villa que não alcança a bola a tempo de fazer o gol. A jogada mostrou que a Espanha queria o resultado enquanto os alemães continuavam demonstrando apatidão em campo. Dois minutos depois, Pedro chuta para fora em mais um lance da equipe espanhola.

O gol espanhol não saia e a Alemanha mesmo jogando mal, ainda poderia sair na frente. Aos 15 minutos, Klose pega mal o cruzamento e a bola vai para fora. Na melhor chance alemã nos 45 minutos restantes, Podolski da esquerda cruza na área e Kroos sozinho pega fraco de primeira. Casillas estava bem colocado e fez boa defesa.

Com 27 minutos, era a vez da Espanha chegar. Após o escanteio, Puyol sai sozinho da "sobra" e chega cabeceando como um foguete. A bola vai forte sem chances para Neuer. O gol deixava a equipe alemã praticamente sem chances de virada já que não fazia boa partida. Nove minutos depois, Pedro Rodriguez teve a oportunidade mais fácil de toda a copa e de acabar com o jogo. Após lançamento de Xavi, o atacante saiu sozinho em direção ao gol. Friedrich vinha do outro lado para marcá-lo, junto com Torres. O camisa 18 ao invés de passar para Torres, driblou o zagueiro e tentou dribá-lo novamente, mas foi desarmado e Mertesacker tirou a bola.

O lance poderia ter garantido a Espanha na inédita final, e a Alemanha tentava o empate. Se acontecesse, aquele lance ficaria na cabeça de todos os jogadores e poderia desestabilizar a equipe. No final, a Espanha se defendeu bem e conseguiu segurar o resultado, garantindo a presença pela primeira vez na final de uma copa do mundo. A copa pela primeira vez na África, terá também a presença de duas seleções que nunca ganharam uma copa.

Esquemas

























Sem Muller, a Alemanha não era a mesma. Não era uma dependência do jovem jogador, mas sim o esquema alemão que dependia dos dois 'pontas', Podolski pela esquerda que jogou pouco e Muller na direita que suspenso lutará pela artilharia na disputa pelo terceiro lugar. Trochowski substituiu bem o camisa 13 e como já foi dito, é o esquema alemão que necessitava de um jogador com as características do atacante.

A equipe de Del Bosque foi a campo sem Fernando Torres que não havia marcado um gol nesta copa. Pedro Rodriguez entrou em seu lugar e jogou bem, fez boa partida, no entanto o mesmo não aconteceu com Villa que fez a função de Torres e não jogou bem. Se Torres não está bem, não faz gol, é porque Villa o faz e depende do camisa 9 para tabelar e ter ele como pivô a frente. Se "El Niño" não for titular contra a Holanda, fará muita falta.

Alemanha 0 x 1 Espanha

Melhor da Partida: Xavi Hernández
Ficou Devendo: Mesut Ozil
Destaque: Xavi Alonso
Local: Estádio Moses Mabhida, em Durban (África do Sul)
Data: 07/07/2010 (quarta-feira)
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (HUN)
Auxiliares: Rafael Ilyasov (HUN) e Bajadyr Kochkarov (HUN)
Gols: ESPANHA:
Puyol, aos 26min do 2° tempo



http://www.youtube.com/watch?v=MbSanUlyk_Q



Foto do jogo: terra.com
Foto do MJC: fifa.com
Ficha a partir do local: espn.com

terça-feira, 6 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Semifinal - Uruguai 2 x 3 Holanda

Duas das seleções mais tradicionais em copa do mundo, Uruguai e Holanda lutavam por uma vaga na grande final. As duas seleções, lutavam para chegar à terceira final na história, que no entanto, a melhor seleção no momento, havia perdido as duas que disputou (74, 78), enquanto o Uruguai, grande surpresa até agora, ganhou as duas (30, 50), porém, fazia 40 anos que não chegava à uma semifinal. A seleção holandesa era a favorita, porém o Uruguai não seria uma equipe fácil de ser batida, por mais que estivesse sem Lugano, Suárez e Fucille.

O jogo prometia ser acirrado e a Holanda foi para cima a partir do apito do juíz. Com três minutos, Kuyt dominou após o cruzamento e chutou por cima do gol de Muslera. As duas equipes disputavam muito a bola no meio campo, mas quem permanecia mais tempo com ela era a Holanda que trabalhava mais com bons passes. E foi assim que chegou abriu o placar. Com passes ainda no meio campo, a bola chega em Gio van Bronckhorst. O lateral esquerdo arrisca do meio da rua e a bola vai parar na gaveta, sem chances para Muslera que ainda encosta os dedos na bola. O golaço a 109 km/h saiu com 18 minutos de jogo e esquentava ainda mais a partida.

Na cobrança do escanteio, Cáceres tenta dar uma bicicleta no rebote da bola. Porém, Demy de Zeeuw que substituia de Jong, foi de cabeça e acabou levando um chute na boca. O jogador uruguaio levou amarelo. A azul celeste melhorou na partida e já não levava tanta pressão do time holandês. A equipe sentia falta de Suárez na frente e Forlán já não era mais o ponta-de-lança da equipe. Contudo, mostrou isso ao do meio de campo, dominar a bola ajeitá-la para a canhota mesmo e do meio da rua empatar a partida com um golaço, com uma ajuda da Jabulani é claro, com falha do goleiro Stekelenburg. O gol à 5 minutos do fim, mostrava que o Uruguai tinha forças para vencer e vinha para o segundo tempo com este pensamento.

O segundo tempo começou com ataque uruguaio. Na péssima recuada de Boulahrouz, o goleiro holandês saiu do gol e dividiu com Cavani. O camisa 7 passou para Álvaro Pereira que chutou ao gol, mas Gio estava lá para tirar. A equipe holandesa vinha com van der Vaart no lugar de de Zeeuw, dando mais ofensividade e toque de bola a equipe. Porém, o camisa 23 não entrou bem na partida e a Holanda ainda sofria para conseguir o segundo gol. De falta, Forlán assustou pegando bem na bola, mas Stekelenburg estava lá para garantir o resultado. A laranja devolveu com Robben, aos 23, dois minutos depois, mas o mesmo jogou o rebote para fora.

Na bola trabalhada do lado direito, Sneijder que tanto pedia, pegou a bola que ia para Kuyt, ajeitou na entrada da área e chutou. A bola desviou em Diego Pérez e Victorino e ainda teve a perna de van Persie que somente a perna impedida, o jogador tirou na hora certa e a bola pode ir tranquila até bater na trave e ser gol, bastante comemorado pela torcida.

Os jogadores holandeses sabiam que o Uruguai não desistiria e iria até o fim para buscar a vitória. Com a empolgação do segundo gol, três minutos depois, Kuyt dominou a bola na esquerda, olhou na área e cruzou na cabeça de Robben que se desmarcou e cabeceou para o fundo da rede. Curiosamente, como os outros dois gols, a bola ainda bateu na trave antes de entrar e com 27 minutos de jogo, praticamente liquidou a partida.

Faltavam 15 minutos pra Holanda chegar a sua terceira final, porém, desta vez não foi com o futebol que criou o "futebol total", que ganhou o título de "carrossel holandês" e "laranja mecânica", mas sim com um futebol um tanto pragmático em relação ao que é o futebol holandês, ofensivo e equivalente ao brasileiro. A equipe sofreu até o apito do juíz. Este que deu três minutos de acréscimos, mas que após o segundo gol uruguaio em bela jogada ensaiada, marcada por Maxi Pereira. O jogo foi até os 50 minutos, o Uruguai pressionava, mas não conseguiu o empate antes do apito do árbitro e irá para a disputa do terceiro lugar.

Já a Holanda, espera o confronto entre Espanha e Alemanha para no dia 11, lutar com todas as forças pelo primeiro título mundial em sua história, tirando de vez a fama de 'amarelão' e levantar a taça de campeão, algo que seleções até melhores com Cruijff, van Basten/Gullit e Bergkamp não conseguiram.

Esquemas






















Sem Lugano machucado, Fucille e Suarez suspensos, o Uruguai perdia muito para o confronto contra a Holanda. Os três fizeram muita falta, Victorino e Cáceres substituiram bem os dois primeiros, apesar que a raça e liderança do capitão Lugano fez falta. Mas foi Suarez na frente que desestruturou o esquema uruguaio que teve Gargano jogando de volante e Diego Pérez fazendo a função de meia. Sem Suarez o Uruguai esteve mais fraco, mas com Suarez, o Uruguai estaria voltando para casa, com a derrota para Gana.

Gregory van der Wiel e de Jong não fizeram tanta falta quanto os jogadores uruguaios para o Uruguai e Boulahrouz e de Zeeuw jogaram bem a partida. De ruim, Boulahrouz quase entregou o ouro e de Zeeuw levou um chute na cara. Quando van der Vaart entrou no segundo tempo, a Holanda estava melhor postada, com o esquema ideal que tinha somente van Bommel (que quebrava, quebrava e não levava amarelo, levou somente no último minuto quando nem merecia) na proteção da zaga, mas não jogou o que se esperava, mas conseguiu mesmo assim fazer dois gols e ir a final.

Uruguai 2 x 3 Holanda

Melhor da Partida: Wesley Sneijder
Ficou Devendo: Edison Cavani
Destaque: Diego Forlán
Local: Estádio Green Point, Cidade do Cabo
Horário: 15h30 (horário de Brasília)
Data: 06/07/10 (terça-feira)
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Auxiliares: Rafael Ilyasov (UZB) Bakhadyr Kochkarov (QUI)
Cartões amarelos: Maxi Pereira, Cáceres (URU) Sneijder, Boulahrouz, Van Bommel (HOL)
Gols: URUGUAI: Forlán, aos 40min do 1° tempo, e Maxi Pereira, aos 46min do 2° tempo.
HOLANDA: Van Bronckhorst, aos 18min do 1° tempo, e Sneijder, aos 24min, e Robben, aos 27min do 2° tempo.



http://www.youtube.com/watch?v=Y4yeoky_3IQ



Foto do jogo: terra.com
Foto do MJC: fifa.com
Ficha a partir do local: espn.com

sábado, 3 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Quartas de Final - Paraguai 0 x 1 Espanha

Valente. Assim foi o Paraguai durante os 90 minutos da emocionante partida contra a Espanha. O pequeno país da Ámerica do Sul chegava pela primeira vez nas quartas de final de uma copa e queria surpreender vencendo o atual campeão europeu. No entanto, faltou um pouco de sorte para a vitória vir e no final, acabou sendo justo a vitória para a seleção que é mais forte.


A partida foi disputada e o Paraguai foi bem na marcação durante toda a partida. Demonstrou firmeza perante a equipe espanhola e não dava espaços para criação. Xavi deu o único chte espanhol no primeiro tempo. Percebeu o goleiro adiantado e com rapidez no domínio levantou a bola, o chute porém, passou raspando a trave. O Paraguai tentava em algumas investidas chegar ao gol e por muito pouco Cardozo não pega o cruzamento de Morel Rodriguez pela esquerda.


Quase no final do primeiro tempo, o Paraguai chegou ao gol com Valdés que dominou o lançamento e chutou, porém o bandeirinha marcou impedimento. Todavia, o camisa 18 não parecia estar à frente, somente com o braço cujo não vale, mesmo assim, não deu pra entender se foi ele que o bandeira se referiu ou Cardozo que estava à frente e não participou do lance, que também pareceu que a bola bateu no braço do atacante o que não aconteceu.
A segunda etapa teve aos 13 minutos de jogo a grande chance paraguaia de estar a frente no marcador. No escanteio, Piqué não larga Cardozo, segura o braço do atacante e o juíz marca pênalti. Na cobrança, Cardozo chuta e Casillas defende com firmeza. No lance seguinte, a Espanha chega ao ataque e Alcaraz comte um pênalti duvidoso em Villa que trombando cavou a cobrança. Xabi Alonso bateu no canto direito do goleiro. O árbitro anulou o gol e mandou voltar dizendo que houve invasão na área. A invasão ocorreu por parte das duas equipes e no pênalti defendido por Casillas, Fabregas entrou bem mais na área e nada foi marcado. Na repetição da cobrança, o goleiro Villar pulou para o mesmo lado e defendeu, no rebote Villa pegou a bola e Villar pegou em seus pés ocorrendo mais um pênalti, este que não foi marcado pelo juíz.


A Espanha se animou na partida e foi para cima, buscou o gol que não saia com chutes de Iniesta aos 17 e Xavi aos 29 minutos de jogo. Com 37 minutos de jogo, finalmente o gol saiu. Na troca de bola no meio campo, Iniesta passa pelo meio de dois paraguaios, rola para Pedro que chuta rasteiro na trave, no rebote, David Villa está lá para chutar ao gol. A bola incrivelmente bate nas duas traves antes de entrar para alívio dos jogadores espanhóis e do técnico Vicente Del Bosque. Ainda restavam oito minutos para a seleção paraguai empatar. Conseguiram uma única chance com Valdés que chutou cruzado, Casillas defendeu e no rebote, o goleiro defendeu novamente, espantando a bola para o fundo e garantindo a vitória por 1 a 0. Com a classificação pela segunda vez na história na semifinal, a Espanha reeditará a final da última eurocopa que foi campeã contra a Alemanha. Será um jogão e tanto.

Esquemas












































A equipe de Gerardo Martino foi bem montada com somente dois atacantes, apesar de ter deixado o melhor deles (Santa Cruz) no banco. Com isso, Barreto compôs o meio campo e deu mais segurança à equipe. Verón jogou na direita no lugar de Bonet.
A Espanha foi a mesma das outras partidas e não deverá mudar contra a Alemanha.

Paraguai 0 x 1 Espanha

M
elhor da Partida: Andrés Iniesta

Ficou Devendo: Fernando Torres
Destaque: David Villa
Local: Estádio Ellis Park, em Johanesburgo (África do Sul)
Data: 3 de julho de 2010 (Sábado)
Horário: 15h30min(de Brasília)
Árbitro: Carlos Batres (Guatemala)
Assistentes: Leonel Leal (Costa Rica) e Carlos Pastrana (Honduras)
Cartões amarelos: Piqué (Espanha) e Alcaraz, Víctor Cáceres, Morel e Santana (Paraguai)
Gol: David Villa, aos 37 minutos do segundo tempo, para a Espanha








http://www.youtube.com/watch?v=1WfjqeUDGa4





Foto do jogo: terra.com
Foto do MJC: fifa.com
Ficha a partir do local: espn.com