domingo, 30 de junho de 2013

Ainda não somos os melhores do mundo, mas já ganhamos deles

Não vi com atenção o primeiro gol do Brasil. Estava ligando para a GVT porque o sinal não estava funcionando na televisão da sala. Afinal, final de campeonato se assiste na TV para quem não tem condição de ir ao Estádio e gosta de festa pra assistir em qualquer "telão", que pode ter por aí. De qualquer forma, se o gol do Brasil saiu com menos de dois minutos de jogo, não foi por acaso: foi um misto de tática, competência, vontade e sorte.

A sorte da bola sobrar e não bater nos braços de um Fred, que mesmo caído, colocou o Brasil em vantagem, coroou a percepção meio óbvia e que tantos falavam que Luiz Felipe Scolari fez o time brasileiro seguir à risca: marcar o "tiki taka" espanhol sob pressão. Nessa hora, já me sentia triste por estar com o telefone colado na orelha e a seleção quase marcar (dessa vez com meu jogador preferido do time) Oscar, que dentro da área chutou rasteiro pelo lado direito de Casillas. 
Brasil leva pela terceira vez consecutiva a Copa das Confederações FOTO: Daniel Ramalho/Terra
Pouco antes a torcida gritava "O campeão voltou". Eram quase 73.531 mil vozes no Maracanã apoiando a seleção brasileira. O mesmo "Maraca" no qual 199 854 mil pessoas sofreram com o "Maracanazo" em 1950 e passou por uma grande e contestada reformulação para se adequar ao "Padrão Fifa". Hoje, não era só quem estava no Maracanã que viu a seleção, mas sim o Brasil inteiro, o mesmo Brasil que cerca de uma semana antes protestava com veemência, apoiava o time. O mesmo Brasil, mas certamente (assim espero) não as mesmas pessoas. 

Com 13 minutos, as vozes gritaram "Uuuuhhh", quando Paulinho viu o goleiro adiantado e tentou o chute por cobertura, chute que Casillas defendeu com segurança. A Espanha estava surpresa, acuada e pressionada. Pressionada por um estádio inteiro e que só chegou ao gol de Júlio César aos 19 minutos num chute de Iniesta. Antes ou depois desse lance, Neymar sentiu um toque por cima, caiu e segurou a perna. Era contra-ataque, o passe foi meio forte, mas dava para correr e alcançar, preferiu ver o amarelo para Arbeloa.

Depois, mais duas chances para o Brasil, uma com Fred e outra com Hulk, de falta, mas o dois a zero quase saiu no contra-ataque que Neymar partiu com a bola e tocou precisamente para Fred, que do jeito que veio, chutou de primeira, mas não conseguiu tirar de Casillas e o chute foi no meio do gol. Mas oito minutos depois, aos 40, a Espanha pegou a defesa brasileira desprevenida e Mata tocou para Pedro sozinho na direita. O camisa onze ajeitou para tocar no canto certo e tirou de Júlio César, mas David Luiz estava lá para tirar a bola praticamente de dentro do gol. A torcida vibrou, mas apenas Júlio César agradeceu, o problema foi lá atrás e ele não poderia ter acontecido.

Naquela altura, se o Brasil levasse o gol, a Espanha iria - a poucos minutos do intervalo - empolgada para o segundo tempo. E a história que se concretizou no final, poderia ser outra. Poderia ser um Brasil e Holanda em 2010. Poderia. Porque em 2010, havia vuvuzela. Em 2013, e em 2014, havia torcida. A torcida que cantou e apoiou a seleção. Em número muito maior, pelo Brasil inteiro, a "torcida" era para ver um Brasil melhor e o meio para isso acontecer, foram protestos e manifestações.

Mas como Ronaldo disse, o Brasil precisava marcar mais um para deixar o Brasil empolgado e não dar chance para os espanhóis. Dito e feito. No contra-ataque, Oscar tocou para Neymar na esquerda que na linha da grande área devolveu para Oscar. O camisa 10 dominou e esperou pelo momento certo para tocar para Neymar que tinha ido à frente da linha de defensores da Espanha e depois voltou, saindo do impedimento para dominar ajeitando a bola e chutar forte de esquerda, sem chances para Casillas. 

Era o gol que colocava o Brasil com uma mão na taça - mas ainda havia 45 minutos e não foi a toa que a Espanha venceu um mundial e duas Eurocopas. A imagem das intermediações do Maracanã - onde antes do início da partida havia sido local de "guerra" entre polícia e manifestantes - apenas com os carros da polícia, também chamam a atenção. Até aqueles manifestantes pararam para ver o jogo? Não sei. Mas espero que não parem (os protestos corretos) com uma taça levantada no país do futebol, mas país também da injustiça.

Injustiça que não ocorreu com a Espanha, como nas disputas de copa do mundo anteriores, no qual a "fúria" ou "roja", como preferirem, perdeu com más atuações dos árbitros. Apesar de algumas faltas marcadas e amarelos sofridos - o que originou a saída de Arbeloa e entrada de Azpilicueta. E o lateral deu o espaço necessário para Fred fazer o terceiro com dois minutos de jogo e praticamente sacramentar a vitória brasileira:  se o placar fosse revertido, não seria necessário ser jogo de Copa do Mundo para ser algo pior do que o Maracanazo. Há um ano da copa, a moral brasileira seria muito abalada. Mas não foi. Voltando ao jogo, Hulk recebeu de Marcelo, após Oscar se trombar espanhol e passou para Neymar que passou da bola, deixando para Fred que de primeira, na linha da grande área, tocou colocado e rasteiro no canto esquerdo do gol.

E a torcida voltava a cantar "O campeão voltou". E o Brasil, depois de muito tempo, voltava a jogar muito bem, isso há um ano da copa. O mesmo Brasil que parou para sair às ruas durante toda a Copa das Confederações para protestar contra tudo de errado que ocorre há anos no país. E diante de apoios, críticas desnecessárias "repensadas" e seguidas de apoios, o país do futebol, o país da copa, era o país dos manifestantes que nessa tarde altura não queriam nem a copa, queriam um país mais justo, digno e correto.

E alegre. Mais alegre do que é, mesmo diante das dificuldades. Alegre como seguiu os minutos seguintes da partida. Alegria que parou quando Marcelo tocou na perna de Jesús Navas dentro da área e o mesmo se jogou, como se fosse Neymar. Pênalti para o time de Xavi e Iniesta, Torres e Mata, mas que o zagueiro Sérgio Ramos bate. Pra fora. O chute passou perto da trave, se fosse no gol, Júlio César poderia pegar o chute do mesmo jogador que bateu bem nas penalidades fatais contra a Itália.

Três minutos depois a Espanha chegou num chute de Iniesta. O Brasil respondeu em seguida. De Thiago Silva para Fred no meio campo, para Neymar que lançou de primeira Hulk, que tentou por cobertura, mas Casillas já estava bem em cima do lance. A torcida já gritava "Olé" aos 18 minutos de jogo, quando Neymar fez Marcelo correr até a linha de fundo e o viu tentar o gol, ao invés de cruzar para Fred na área, a função de um lateral. Quatro minutos depois, a cor que quase sempre aparece em jogos como esse. Contra-ataque da seleção, dois contra dois, Neymar com a bola, Fred do outro lado atrás de Jordi Alba, seu marcador, mas era Neymar. O camisa 10 tenta se livrar de Piqué partindo pelo seu lado esquerdo e, mais rápido, é parado por baixo pelo zagueiro. Expulso. Na cobrança de falta de Neymar, a bola passou perto, por cima do gol.

Nem Jesús Navas que havia entrado no início do segundo tempo e depois David Villa, fizeram a diferença no time espanhol. Enquanto que no Brasil, Hulk, Fred e Paulinho, saíram satisfeitos e agraciados pela torcida, dando lugar a Jadson, Jô e Hernanes, respectivamente. Depois o que eu vi foi Júlio César aparecer. Primeiro num chute de Pedro, dentro da área. Depois no chute colocado de David Villa, já aos 41 minutos. Era o último suspiro da "fúria". O fôlego havia acabado, enquanto que no time do Brasil, mesmo marcando sob pressão, em cima, jogando com vontade, com raça e correndo do início ao fim, o fôlego sobrava, muito pelo mar amarelo presente na arquibancada do Maracanã.

O novo Maracanã. Estádio que foi palco do retorno do bom futebol da seleção brasileira, um futebol que há muito tempo não se via e a muito tempo se pede. Um futebol que levantou a quarta taça da Copa das Confederações e que espera não cair na maldição do torneio, que ainda não coroou o vencedor com a conquista da Copa do Mundo. 

*Não parou por aí, amanhã tem mais. 

sábado, 22 de junho de 2013

Brasil vence Itália: bastante disputado, jogo de seis gols tem dois de Fred e um de falta de Neymar

Itália 2 x 4 Brasil



A primeira colocação do grupo foi assegurada, para o alivio do técnico Luis Felipe Scolari que demonstrou isso após o apito do juiz. Dois gols de Fred, um de Neymar de falta e outro de Dante, o primeiro, deram a vitória ao Brasil diante de uma aguerrida Itália que lutou até o fim. Giaccherini e Chiellini, em lance confuso, marcaram para os italianos na Arena Fonte Nova, em Salvador, e ficaram com a segunda colocação do grupo.

O primeiro tempo de partida foi bastante faltoso. As duas equipes não queriam deixar o adversário jogar e quatro cartões amarelos saíram. Porém, no último lance do primeiro tempo, Dante aproveitou o rebote de Buffon para deixar o Brasil à frente do marcador antes do intervalo. Na volta, a Itália empatou com Giaccherini após lançamento de Buffon. Porém, quatro minutos depois, Neymar apareceu. Em bela cobrança de falta, o camisa dez colocou a seleção na frente.
Em jogo de muitas faltas e de seis gols, Brasil vence Itália FOTO: Ricardo Matsukawa/Terra
Disputada, a partida seguiu e, aos 31 minutos, Fred recebeu lançamento de Marcelo e ampliou o marcador para a seleção. Todavia a diferença no placar durou pouco, já que cinco minutos depois, Chiellini diminuiu e a partir daí a Itália foi para cima. Sem sucesso. A um minuto do fim, Fred aproveitou o rebote de Buffon e deu a vitória ao Brasil, assim como a primeira colocação do grupo, livrando de pegar a Espanha antes de uma possível final.

Jogo
A pressão que Felipão pediu quase deu certo. O jogo começou quente com duas roubadas de bola na defesa italiana e numa delas Hulk chutou forte dentro da área exigindo boa defesa de Buffon. Depois, dois escanteios para o Brasil e duas cobranças de falta para a Itália. Porém, a desejada pressão brasileira ficou nisso, com a Itália tentando o jogo, mas sofrendo muitas faltas dos brasileiros. 

Somente aos 16 minutos a Itália conseguiu chegar sem susto no gol do Brasil. Marchisio ganhou de Daniel Alves na esquerda e conseguiu fazer o cruzamento. Com os pés, mas bem marcado, Balotelli não acertou um bom chute que foi para fora. A seleção teve chance em cobrança de falta, mas foi na sequência do lance que o Brasil chegou, só que Fred estava impedido.

A troca de passes do time brasileiro procurava um espaço para chegar ao gol de Buffon e depois de receber no meio, Oscar deu um belo passe de calcanhar para Neymar que, de esquerda, chutou cruzado para fora quando o placar marcava 23 minutos de jogo. O jogo seguiu equilibrado e também faltoso. Neymar chegou mais forte em cima de Abate que sentiu o ombro e teve de ser substituído por Maggio. Pouco antes Montolivo também havia saído para dar o lugar a Giaccherini.

A posse de bola do Brasil era maior com quase 40 minutos jogados. Mais de 60% durante o jogo, mas sem ser envolvente apesar da forte marcação italiana, algo cometido também pelo Brasil, com muitas faltas. Faltando três minutos para o término do primeiro tempo, Neymar tabela bem com Fred, mas o chute da frente da meia lua parou na defesa italiana com Fred pedindo o passe. 

Em mais uma cobrança de falta para a seleção, o gol. Neymar alçou a bola na área e Fred consegue o cabeceio. Buffon defende, mas Dante, nas costas de De Sciglio e que havia entrado no lugar do lesionado David Luiz, está lá para colocar a bola para o fundo do gol, para a alegria dos torcedores baianos e do zagueiro que nasceu lá. Com o gol no último minuto, o Brasil foi para o intervalo com a vantagem  no placar.

Nem dois minutos de jogo e o Brasil chegou ao gol italiano. Dessa vez em tabela entre Oscar e Fred que serviu de pivô, mas viu Oscar pegar fraco na bola para defesa fácil de Buffon. Pouco depois, mais uma vez Neymar na cobrança de falta, mas dessa vez o impedimento foi marcado antes. No minuto seguinte, Buffon cobrou o lance livre e em três passes - primeiro Aquilani, depois Balotelli, de calcanhar no alto -, Giaccherini entrou na área sozinho pela direita e chutou forte, cruzado, sem chances para Júlio César.

Na sequência, aos oito minutos, Neymar cai na entrada da área e o juiz apita falta. Na cobrança, o camisa 10 coloca a bola no canto esquerdo de Buffon, que não esperava o chute ali. Brasil na frente novamente com um gol de falta, algo que não acontecia desde outubro de 2011.

Sem assustar e sem levar sustos, o Brasil comandava a partida até aos 20 minutos. Aos 21, Marcelo lançou Fred no ataque e o camisa nove agiu como tal. Dominou a bola, protegeu-a da marcação de Chiellini e, de esquerda, chutou forte para marcar três a um para a seleção. Só que o placar durou pouco. Após a cobrança de escanteio, a bola cai nos pés de Balotelli que sofre um puxão de Luiz Gustavo. Aquilani se adiantou até a bola e tocou para trás, pra Chiellini - nessa hora o juiz apitava o pênalti - e o zagueiro acertou um chute triscado que entrou no canto do gol e diminuiu o marcador. Nem Chiellini correu com firmeza quando viu o juiz virado para a linha central com o braço esticado, mas a Itália diminuiu antes de El Shaarawy entrar aos 27 minutos.

A garra italiana não deixava os brasileiros em paz e o gol fez os italianos passarem mais tempo com a bola. Há dez minutos do fim, cobrança de escanteio e Maggio acertou o travessão. Dois minutos depois nova chance para os italianos dessa vez em cobrança de falta. Bem ensaiado, da direita Candreva tocou rasteiro na entrada da área para Balotelli que chutou perto do gol.

Bastante disputado, o final da partida ainda reservava mais. E quando a Itália ia para o ataque, roubada de bola do Brasil, Fernando intercepta e Bernard pega a bola na esquerda. Vê Marcelo entrando na área e o lateral chuta, Buffon defende, mas bem posicionado, na mesma linha da defesa, Fred está lá para colocar a bola pra dentro do gol e dar a vitória ao Brasil aos 88 minutos de jogo.

A torcida presente na Fonte Nova já cantava, alegre com o futebol que viu e com mais uma boa vitória conquistada. O árbitro apita o final do jogo, para a alívio do técnico Luis Felipe Scolari. O resultado dá o primeiro lugar para o Brasil que deixa de ter a Espanha como uma possível adversária. 

Ficha Técnica
Itália 2 x 4 Brasil
Local: Arena Fonte Nova
Data: 22 de junho de 2013, sábado
Horário: 16h00 (de Brasília)
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Cartões amarelos: David Luiz, Neymar, Marchisio e Luiz Gustavo.
Cartões vermelhos: Nenhum
Gols: Dante aos 45+1, Giaccherini aos 51, Neymar aos 55, Fred aos 66, Chiellini aos 71 e Fred aos 89.

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Brasil: Luis Felipe Scolari - 4-2-3-1 | Itália: Cesare Prandelli - 4-2-3-1

Opinião:

sábado, 15 de junho de 2013

Em boa atuação do Brasil, seleção faz três no Japão em jogo com manifestações e vaias


 Brasil 3 x 0 Japão


A esperada estreia brasileira deu tudo certo no Estádio Mané Garrincha. Com dois gols no início de cada tempo e um no último minuto, o Brasil goleou o Japão por três a zero. Um tanto quanto sumida, a equipe do Japão pouco fez diante do bom jogo que a seleção brasileira fez. 

Quem ainda estava procurando o seu lugar na arquibancada, não deve ter visto Neymar acertar um belo chute da entrada da área após ajeitada de Fred. A bola acertou o ângulo do gol e deu calma a equipe de Luis Felipe Scolari. As tentativas brasileiras continuaram, mas sem muita eficiência. O Japão não conseguia passar pela defesa brasileira, algo que continuou no segundo tempo, mesmo após Paulinho aproveitar o cruzamento de Daniel Alves e marcar um belo gol. Após várias substituições, a cara do jogo não mudou e ainda deu tempo para Jô marcar o terceiro gol brasileiro, após belo passe de Oscar.
Neymar abriu o placar logo aos três minutos depois de Fred ter ajeito a bola FOTO: AP
Era dia de festa, dentro de campo. Fora dele, manifestações de brasileiros e para evadir esse pessoal, a polícia começou a agir do seu jeito. Muitos torcedores enfrentaram longas filas para pegar o ingresso comprado pela internet e, por esse motivo, algumas lugares vermelhos - que são as cores da cadeira do estádio - puderam ser vistos. Antes do apito inicial do árbitro, Joseph Blatter e Dilma Rousseff foram abrir oficialmente a Copa das Confederações e, antes do presidente da FIFA começar a falar, as vaias ecoaram no estádio e o dirigente chegou a pedir fair play para os torcedores. 

Jogo
Após os dois amistosos realizados contra Inglaterra e França, no qual Luis Felipe Scolari testou dois posicionamentos diferentes, para a estreia contra o Japão, o técnico decidiu colocar em campo, Oscar pelo lado esquerdo - diferente da meia direita e meia armador que executou nos amistosos -, Neymar pelo meio, chegando mais próximo de Fred e Hulk no lugar que se sente melhor, a ponta direita. 

O Brasil começou com a bola e trocando os passes habituais de início de jogo. O time tinha espaço, os japoneses não pressionavam em cima da linha de defesa. E não foi preciso nem chegar à área adversária com passes, para o primeiro gol sair. Marcelo cruzou na entrada área e Fred ajeitou a bola para Neymar. O camisa 10 pegou a bola na veia e acertou o ângulo do goleiro Kawashima, aos três minutos de jogo. 

Bastante comemorado, o gol deu a calma que o time precisava e o domínio brasileiro prosseguiu. As tentativas de chegar ao segundo gol ocorreram por ambos lados. Primeiro com Hulk e Daniel Alves tabelando, tentando o cruzamento e chute. Pelo lado esquerdo, o cruzamento vinha com mais facilidade e, num deles, Hulk recebeu de Marcelo e tentou o passe para a pequena área. A defesa japonesa tirou e no rebote, Daniel Alves chegou chutando, longe do gol. 

O tempo passava e os japoneses não queriam ser apenas coadjuvantes, afinal, o 4-2-3-1 dos orientais não era fraco, com Kiyotake, Honda e Kagawa no meio e Okazaki na frente. Pelo meio, Keisuke Honda executava as melhores jogadas. Participando também pelo lado direito, o jogador tentou o corte para dentro, mas parou na defesa brasileira. Jogador do Manchester United, Kagawa aparecia muito pouco pela esquerda. 

Já aos 40 minutos, aquilo que se espera de Hulk. Pelo lado direito, o atacante dominou a bola e cortou para dentro. O forte chute passou perto do gol, acertando a rede pelo lado de fora. Dois minutos depois, Marcelo levou uma bolada "naquele" lugar que originou o contra-ataque brasileiro. Pela esquerda, Neymar dominou e logo cruzou para Fred. O camisa nove dominou com um pouco de trabalho, mas acertou o chute rasteiro que passou perto da trave direita do goleiro. 

Como forma de fazer Paulinho se sentir mais "livre" como segundo volante, o que se viu foi o primeiro volante, Luiz Gustavo, jogando mais preso, aparecendo num momento com a bola dominada, até como um terceiro zagueiro. Com Paulinho sendo o quinto homem dos ataques brasileiros, o Brasil chegou ao segundo gol. Daniel Alves viu um espaço vazio atrás da concentração de jogadores dentro da grande área, e cruzou baixo. Paulinho aproveitou bem o espaço vazio, dominou e chutou virando para o gol, ampliando o placar aos 2 minutos. 

Pouco antes do técnico do Japão tirar Kiyotake e colocar Maeda, o atacante Okazaki não consegui aproveitar o cruzamento de Uchida e, bem marcado, jogou para fora. O Brasil criou algumas oportunidades, mas sem assustar tanto o goleiro Kawashima. A intensidade brasileira diminuiu um pouco e, depois da cobrança de falta de Honda, e o bate rebate na área, a bola sobrou para Maeda que chutou forte, mas Júlio César segurou o chute rasteiro com 25 minutos de jogo.

Três minutos depois, Lucas entrou na partida e surpreendentemente, no lugar de Neymar. Pouco depois Hulk deu lugar a Hernanes e, no Japão, Endo saiu para a entrada de Hosogai. O jogo seguiu com posse de bola maior para o time brasileiro. Somente há dez minutos do fim, antes de Fred dar lugar a Jô, o camisa nove aproveitou o escanteio e, bem marcado, quase acertou o gol de cabeça. Nessa altura, o esquema era o 4-3-3, com Oscar pela esquerda, Lucas pela direita e os volantes Paulinho e Hernanes pelo meio.

Com todas as substituições executadas, restou ao árbitro dar três minutos de acréscimo e nesse tempo a mais, a seleção chegou ao terceiro gol. No contra-ataque, Oscar partiu com a bola pela esquerda, foi levando para o meio do campo e, milimetricamente, acertou um belo passe para Jô que olhou para o gol e tocou no meio das pernas de Kawashima, transformando em goleada a boa partida do Brasil.

Ficha Técnica
Brasil 2 x 0 Japão
Local: Estádio Mané Garrincha
Data: 15 de junho de 2013, domingo
Horário: 16h00 (de Brasília)
Árbitro: Pedro Proença (POR)
Cartões amarelos: Hasebe, 
Cartões vermelhos: Nenhum
Gols: Neymar aos 3 minutos, Paulinho aos 47 e Jô aos 90+3.

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Brasil: Luis Felipe Scolari - 4-2-3-1 | Japão: Alberto Zaccheroni - 4-2-3-1

Opinião:

Alguns problemas do Brasil em campo
- Apenas numa parte de tempo, na primeira etapa, Daniel Alves errou vários passes e tentou um chute desnecessário.
- Falta para a seleção, Hulk e Neymar na bola. A cobrança era longe do gol e do lado direito do campo. Chute forte para Hulk ou cobrança na área de Neymar. Nem um, nem outro. Neymar ajeitou para Hulk que  deu o chute, mas o chute ficou no jogador japonês.

domingo, 9 de junho de 2013

Brasil goleia França por 3 a 0 e quebra dois tabus no último jogo antes da Copa das Confederações


Brasil 3 x 0 França




Oscar marcou o primeiro gol da seleção "invertendo" posição com Fred FOTO: Terra/Ricardo Matsukawa




Ficha Técnica
Brasil 2 x 0 França
Local: Arena do Grêmio, Porto Alegre
Data: 09 de junho de 2013, domingo
Horário: 16h00 (de Brasília)
Árbitro: Victor Carrillo (PER)
Cartões amarelos: Rami
Cartões vermelhos: Nenhum
Gols: Oscar aos 8, Hernanes aos 39 e Lucas aos 47

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Brasil: Luis Felipe Scolari - 4-4-2 | França: Didier Dechamps - 4-5-1

Opinião: 


Retrospecto da seleção de Felipão
06/02/13 Brasil 1 x 2 Inglaterra (Inglaterra)
21/03/13 Brasil 2 x 2 Itália (Suíça)
25/03/13 Brasil 1 x 1 Rússia (Inglaterra)
07/04/13 Brasil 4 x 0 Bolívia (Bolívia)
26/05/13 Brasil 2 x 2 Chile (Mineirão
02/06/13 Brasil 2 x 2 Inglaterra (Maracanã)
09/06/13 Brasil 1 x 0 França (Arena do Grêmio)

Retrospecto da seleção de Mano
10/08/10 Brasil 2 x 0 Estados Unidos
07/10/10 Brasil 3 x 0 Irã
11/10/10 Brasil 2 x 0 Ucrânia
17/11/10 Brasil 0 x 1 Argentina
09/02/11 Brasil 0 x 1 França
27/03/11 Brasil 2 x 0 Escócia
04/06/11 Brasil 0 x 0 Holanda
07/06/11 Brasil 1 x 0 Romênia
03/07/11 Brasil 0 x 0 Venezuela - Copa América
09/07/11 Brasil 2 x 2 Paraguai - Copa América
13/07/11 Brasil 4 x 2 Equador - Copa América
17/07/11 Brasil 0 x 0 Paraguai - Copa América (Derrota por 2 a 0 nos pênaltis)
10/08/11 Brasil 2 x 3 Alemanha
05/09/11 Brasil 1 x 0 Gana
14/09/11 Brasil 0 x 0 Argentina
28/09/11 Brasil 2 x 0 Argentina
07/10/11 Brasil 1 x 0 Costa Rica
11/10/11 Brasil 2 x 1 México
11/11/11 Brasil 2 x 0 Gabão
15/11/11 Brasil 2 x 0 Egito
28/02/12 Brasil 2 x 0 Bósnia-Herzegovina
26/05/12 Brasil 3 x 1 Dinamarca
30/05/12 Brasil 4 x 1 Estados Unidos
03/06/12 Brasil 0 x 2 México
09/06/12 Brasil 3 x 4 Argentina
15/08/12 Brasil 3 x 0 Suécia
07/09/12 Brasil 1 x 0 África do Sul
10/09/12 Brasil 8 x 0 China
19/09/12 Brasil 2 x 1 Argentina
11/10/12 Brasil 5 x 0 Iraque
16/10/12 Brasil 4 x 0 Japão
14/11/12 Brasil 1 x 1 Colômbia
21/11/12 Brasil 1 x 2 Argentina (Vitória por 4 a 3 nos pênaltis)

domingo, 2 de junho de 2013

Brasil e Inglaterra empatam em jogo com quatro gols na inauguração do novo Maracanã


 Brasil 2 x 2 Inglaterra



Fred marcou o primeiro gol do novo Maracanã, mas a Inglaterra virou até que Paulinho deixou tudo igual FOTO: Terra/Mauro Pimentel
Ficha Técnica

Brasil 2 x 2 Inglaterra
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Data: 02 de junho de 2013, domingo
Horário: 16h00 (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Rondán (COL)
Cartões amarelos: Hulk e Jones
Cartões vermelhos: Nenhum
Gols: Fred aos 57, Chamberlain aos 68, Rooney aos 79 e Paulinho aos 83

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Brasil: Luis Felipe Scolari - 4-4-2 | Inglaterra: Roy Hodgson - 4-4-2

Opinião:


Retrospecto da seleção de Felipão
06/02/13 Brasil 1 x 2 Inglaterra (Inglaterra)
21/03/13 Brasil 2 x 2 Itália (Suíça)
25/03/13 Brasil 1 x 1 Rússia (Inglaterra)
07/04/13 Brasil 4 x 0 Bolívia (Bolívia)
26/05/13 Brasil 2 x 2 Chile (Mineirão
02/06/13 Brasil 2 x 2 Inglaterra (Maracanã)
09/06/13 Brasil x França (Arena do Grêmio)

Retrospecto da seleção de Mano
10/08/10 Brasil 2 x 0 Estados Unidos
07/10/10 Brasil 3 x 0 Irã
11/10/10 Brasil 2 x 0 Ucrânia
17/11/10 Brasil 0 x 1 Argentina
09/02/11 Brasil 0 x 1 França
27/03/11 Brasil 2 x 0 Escócia
04/06/11 Brasil 0 x 0 Holanda
07/06/11 Brasil 1 x 0 Romênia
03/07/11 Brasil 0 x 0 Venezuela - Copa América
09/07/11 Brasil 2 x 2 Paraguai - Copa América
13/07/11 Brasil 4 x 2 Equador - Copa América
17/07/11 Brasil 0 x 0 Paraguai - Copa América (Derrota por 2 a 0 nos pênaltis)
10/08/11 Brasil 2 x 3 Alemanha
05/09/11 Brasil 1 x 0 Gana
14/09/11 Brasil 0 x 0 Argentina
28/09/11 Brasil 2 x 0 Argentina
07/10/11 Brasil 1 x 0 Costa Rica
11/10/11 Brasil 2 x 1 México
11/11/11 Brasil 2 x 0 Gabão
15/11/11 Brasil 2 x 0 Egito
28/02/12 Brasil 2 x 0 Bósnia-Herzegovina
26/05/12 Brasil 3 x 1 Dinamarca
30/05/12 Brasil 4 x 1 Estados Unidos
03/06/12 Brasil 0 x 2 México
09/06/12 Brasil 3 x 4 Argentina
15/08/12 Brasil 3 x 0 Suécia
07/09/12 Brasil 1 x 0 África do Sul
10/09/12 Brasil 8 x 0 China
19/09/12 Brasil 2 x 1 Argentina
11/10/12 Brasil 5 x 0 Iraque
16/10/12 Brasil 4 x 0 Japão
14/11/12 Brasil 1 x 1 Colômbia
21/11/12 Brasil 1 x 2 Argentina (Vitória por 4 a 3 nos pênaltis)