quinta-feira, 17 de julho de 2014

O talento que a seleção precisa, existe

A seleção brasileira saiu da Copa do Mundo com a necessidade de revolução. Não só em campo, tática e tecnicamente, mas em toda a esfera do futebol. Até 2018 são quatro anos no qual a seleção terá duas Copas América, as eliminatórias para a Copa da Rússia e vários amistosos a disputar, esperamos que com seleções fortes. 

Abaixo pretendo mostrar a quantidade de bons jogadores que o Brasil têm e que o próximo técnico da seleção pode utilizar até lá, com um médio grau de renovação. Meu pai me disse uma vez que antigamente eram escolhidos quatro jogadores por posição para a seleção. Eu fiz minha seleção a partir disto e coloco minhas escolhas abaixo. Pegaria estes 44 jogadores (no 4-4-2) e convocaria apenas eles, podendo mudar apenas após um período de seis meses ou um ano. Também acrescento vários outros jogadores, alguns jovens e outros mais velhos, que podem aparecer. 
Neymar, o grande jogador da seleção FOTO: Mowa Press
Aproximei eles pela qualidade do futebol que eles tem e pelo potencial que apresentam, além da idade (o ano de nascimento pode ser conferido em parênteses) e do clube ou campeonato que jogam. Claro que não conheço o futebol de todos, nem vi todos jogarem, mas procurei me informar um pouco. Após listar todos os jogadores, no final comentarei sobre o time que eu começaria os trabalhos pensando igualmente como se fossem os convocados para a próxima Copa. 

Goleiros
O meu goleiro hoje e para a copa seria Diego Alves (85) do Valencia. Com 29 anos, não é de hoje que ele tem se destacado no clube espanhol e tem experiência europeia e na própria seleção. Neto (89) titular da Fiorentina, disputou as Olimpíadas de Londres, e seria meu reserva. O terceiro goleiro é Rafael (90), que deverá ser o goleiro titular do Napoli e mostrou seu potencial no Santos. O quarto goleiro seria Gabriel (92) que tem mostrado bons serviços quando foi titular no Milan e foi já disputou o Mundial sub-20.

Victor (83), Jefferson (83) e Diego Cavalieri (82) têm potencial para jogarem uma copa pela seleção até como titular, mas até 2018 estarão com 35 anos ou mais, longe do auge da carreira. Cássio (87), Marcelo Grohe (87) e Weverton (87), são outras opções, principalmente o atual goleiro do Corinthians.

Laterais direitos
Apesar da idade que estará daqui a quatro anos, vejo o Rafinha (85), do Bayern de Munique, como a melhor opção para a seleção, pela qualidade e experiência. Vale lembrar que ele nunca teve uma chance efetiva com a amarelinha. Rafael (90) fez uma boa temporada retrasada no Manchester United. Ele tem bastante potencial para se firmar, assim como Danilo (91), do Porto, e Mário Fernandes (90), do CSKA Moscou, que pode até jogar pela Rússia.

As promessas seriam Douglas (90), do São Paulo, Gilberto (93), do Internacional e que jogou o Torneio de Toulon, Fabinho (93) do Monaco e Wallace (94), que pertence ao Chelsea, mas está emprestado ao Vitesse da Holanda. Maicon (81), Daniel Alves (83) podem dar adeus a seleção, tanto pela idade ou quanto pela necessidade de renovação. Jonathan (86), da Inter de Milão, Cicinho (86), do Sevilla, e Fagner (89), atualmente no Corinthians, tem idade, mas não tanto futebol para se firmarem.

Zagueiros
Thiago Silva (84) e David Luiz (87) continuam como indiscutíveis e terão tempo suficiente para se entrosarem ainda mais, já que jogarão juntos no PSG. Outra dupla que jogará junta é formada por Manoel (90) e Dedé (88). Com potencial, idade e mais o entrosamento, as revelações de Atlético Paranaense e Vasco da Gama, se encontraram no Cruzeiro para evoluírem juntos rumo ao selecionado brasileiro. Os jovens Marquinhos (94) e Dória (94) seriam minha terceira opção, enquanto que Rafael Tolói (90), do São Paulo, e Juan (91), da Inter de Milão, seriam a quarta. 

Bastante solicitado para esta copa, Miranda (84) estaria com 34 anos, e com a idade um pouco avançada, mas pode aparecer nas primeiras convocações e, se continuar com o futebol, pode até figurar na Rússia, diferente de Dante (83), um ano mais velho. O questionado, mas de bom futebol, Henrique (86), além de Leandro Castán (86), Felipe Santana (86) e Réver (85), já são mais tarimbados e correm um pouco por fora. 

Zagueiros que já jogam na Europa ou que começam a aparecer no campeonato brasileiro, e outros que figuraram nas categorias de base com a amarelinha, podem evoluir, apresentar bom futebol em seus clubes e serem convocados. Cito principalmente Bruno Uvini (91, Santos), Lucas Mendes (90, Marselha), Samir (94, Flamengo), Wallace (94, Cruzeiro), Lucão (96) e Auro (96), do São Paulo. 

Maicon (88, Porto), Rodrigo Moledo (87, Metalist), Sidnei (89, Benfica), Naldo (88, Udinese), 
Neuton (90, Udinese) e Bruno Peres (90, Torino), são outros jogadores jovens com idade para aparecer, mas que terão de mostrar muito futebol já que a concorrência é grande. 

Laterais esquerdos
Na lateral esquerda eu começaria esta nova fase da seleção com Filipe Luís (85). Agora no Chelsea, ele jogou a Copa das Confederações, mas foi preterido na Copa por Maxwell. Com experiência e qualidade ofensiva e defensiva, ele seria a melhor opção para colocar Marcelo (88), na reserva. O jogador do Real Madrid saiu bastante marcado pelas falhas defensivas em toda a Copa. Alex Sandro (91), do Porto, e Alex Telles (92), agora no Galatasaray, completam a lista.

Outros laterais são Gabriel Silva (91, Udinese), Dodô (92, Inter de Milão), Wendell (93, Bayer Leverkusen) e Douglas Santos (94, Udinese). Sem idade ou sem tanto potencial, se encontram Maxwell (81, PSG), André Santos (83, Flamengo), Adriano (84, Barcelona), Fábio (90, Cardiff City) e Pedro Botelho (89, Atlético-MG). 

Volantes
Sem muitas delongas, eu manteria nomes já conhecidos nesta posição. Lucas Leiva (87, do Liverpool), seria meu titular. Os outros sete (na escalação explico porque) seriam Paulinho (88, Tottenham), Luiz Gustavo (87, Wolfsburg), Hernanes (85, Inter de Milão), Fernandinho (85, Manchester City), Ramires (87, Chelsea) e Sandro (89, Tottenham). 

No entanto, alguns deles, e principalmente os Hernanes, Fernandinho e Ramires, poderiam serem superados por Casemiro (92, por enquanto no Real Madrid), Fernando (92, Shakhtar Donetsk), Rodrigo Caio (93, São Paulo) e Lucas Silva (93, Cruzeiro) – os dois últimos jogaram o Torneio de Toulon. 

Rômulo (90, Spartak Moscou), Allan (91, Udinese), Alison (93, Santos), Alisson (93, Cruzeiro), Rafinha (93, Barcelona) e Biteco (95, Grêmio), são outras opções, enquanto que Elias (85) e Jean (86), não devem figurar mais entre os convocados. Já Denilson (88, São Paulo), Anderson (88, Manchester United), Jucilei (88, Al-Jazira), Souza (89, São Paulo), Airton (90, Botafogo) e Wellington (91, Internacional), terão de recuperar ou mostrar muito futebol para serem convocados. 

Meias
Oscar e Neymar: pilares da próxima copa
FOTO: Ricardo Matsukawa/Terra
Como daqui pra frente os jogadores selecionados teriam como base o esquema tático, apenas citarei os nove escolhidos (um a mais no lugar de um volante) na ordem: Oscar (91, Chelsea), Lucas (92, PSG), Phillippe Coutinho (92, Liverpool), William (88, Chelsea), Ganso (89, São Paulo), Bernard (92, Shakhtar Donetsk), Éverton Ribeiro (89, Cruzeiro), Roberto Firmino (91, Hoffeinheim) e Douglas Costa (90, Shakhtar Donetsk). 

Acho que para esta posição não é bom haver muitas mudanças e, além disto, também enxergo que não seria tão necessário. Mas há outros bons meias no futebol brasileiro como Giuliano (90, Grêmio) e Alan Patrick (91, Internacional), Alex Teixeira (90) e Wellington Nem (92), ambos do Shakhtar Donetsk; Ricardo Goulart (91) e Marlone (92), ambos do Cruzeiro; Felipe Anderson (93, Lazio) e Fred (93, Shakhtar Donetsk), que já jogam no exterior. 

Ainda nos clubes brasileiros e aparecendo a cada dia mais, estão Geuvânio (92, Santos), Luan (93, Grêmio), Matheus (94, Flamengo), Adryan (94, Cagliari), Anderson Talisca (94, ex-Bahia, agora no Benfica), Valdivia (94, Internacional), Lucas Evangelista (95, São Paulo), Marcos Guilherme (95, Atlético Paranaense) e, talvez principalmente, Nathan (96, Atlético Paranaense) e Boschilia (96, São Paulo).

Diego (85), Wagner (85), Diego Souza (85), Thiago Neves (85), Maicosuel (86), Carlos Eduardo (87), Ederson (86), Marlos (88), Bruno César (88), Renato Augusto (88), já tiveram chances com a amarelinha, mas ou se encontraram longe do auge ou já parecem não terem potencial para alcançar um nível satisfatório de futebol e necessário para a seleção. 

Atacantes
A posição onde se encontra o maior craque desta seleção, também é a que falta mais opções para ser seu companheiro de ataque, um grande camisa nove que falta desde Ronaldo. A presença de Neymar (92) é indiscutível. Quem seriam os outros sete jogadores é que é o problema. De opções para centroavantes coloco Alexandre Pato (89), Leandro Damião (89), Alan Kardec (89) e Leandro (93). Já Lucas Piazón (94), Leandro (93), Kelvin (93) e Hulk (86), foram os companheiros que selecionei para eles.

Depois de muito trabalho deixei Gabriel (96), do Santos, de fora desta lista inicial. Porém, pensando bem, ele pode e deverá ocupar o lugar de Hulk, que com 32 anos até a próxima copa, jogando no Zenit, e muito criticado pelo que jogou no Brasil, poderá nem aparecer mais nas convocações. Outros jovens jogadores são Mosquito, também nascido em 96 e que joga no Atlético Paranaense, Marcelo (92), também do Atlético-PR, Léo Baptistão (92), do Atlético, mas o de Madrid; Giva (93, Santos), Vitinho (93, CSKA Moscou), Thalles (95, Vasco) e Victor Andrade (95, Benfica). 

Será que Pato mostrará no São Paulo o que se espera dele?
FOTO: Mowa Press
Outros jovens do futebol brasileiro, que já foram convocados ou apresentaram um bom futebol em determinado momento, e podem evoluir e até aparecer na seleção são: Jô (87), que dispensa mais apresentações, Diogo (87, Palmeiras), Luiz Adriano (87, Shakhtar Donetsk), William José (87, Real Madrid B), Keirrison (88, Coritiba), Dentinho (88, Besiktas), Taison (88, Shakhtar Donetsk), Éderson (89, Atlético Paranaense), André (90, Atlético-MG), Romarinho (90, Corinthians), Henrique (91, Bahia), Negueba (92, São Paulo), Dellatorre (92, Atlético Paranaense), Wellington Silva (93, Almería), Rafinha (93, Flamengo), Vinícius Araújo (93, Valencia), Ademilson (94, São Paulo), Neilton (94, Cruzeiro), Bruno Mendes (94) e Douglas Coutinho (94), ambos do Atlético Paranaense.

De todos esses jogadores citados, entre os jovens me atrevo a citar, por meio da percepção enquanto escrevia o texto, a quantidade de jogadores que jogam ou que foram revelados pelo São Paulo, alguns nomes jogando e também revelados no Grêmio e no Atlético Paranaense. Imagino também que a Udinese foi o time europeu mais citado. Se nunca ouviu falar de algum destes jogadores, você pode conferir um pouco mais sobre ele no site ogol.com.br. 

Os 23
Jogadores talentosos e promissores o futebol brasileiro tem, só falta um técnico para comandá-los e que saiba tirar o melhor desse talento, lapidá-los e, como já se sabe, trabalhar muito bem a tática e a técnica deste time. Como ainda não há esse técnico, e eu adoro dar a minha opinião, eu escalaria o time visando o futebol ofensivo e apostando no retorno do bom futebol de jogadores como Paulo Henrique Ganso e Pato. No 4-3-3, o time seria composto por Diego Alves, Rafinha, Thiago Silva, David Luiz e Filipe Luís; Oscar, Lucas Leiva e Ganso; Lucas, Neymar e Coutinho. Na reserva: Neto, Rafael, Manoel, Marquinhos e Marcelo; Paulinho e Luiz Gustavo; William, Roberto Firmino e Éverton Ribeiro; Pato. 

Os 44
Em princípio, como já pode ter sido observado, os meus 44 jogadores para iniciar os trabalhos visando a próxima copa seriam:

Qualquer que fosse o resultado, o Brasil teria de acordar

A humilhação que o Brasil sofreu para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo foi absurdamente incomparável com qualquer outro resultado em qualquer outra época do futebol brasileiro e mundial de clubes e seleções. A mais vexatória derrota da seleção brasileira chamou a atenção de todos para o que é o futebol brasileiro hoje. No entanto, isso deveria ser revisto qualquer que fosse o resultado em toda a esfera futebolística, do campo a organização. Algumas demandas já são feitas pelo Bom Senso F.C., e elas continuariam mesmo se o país não vencesse o mundial. 

Primeiro que futebol é apaixonante também por ser imprevisível. Mesmo assim, algo certamente seria questionado e muitos porquês seriam perguntados e tentados serem respondidos, caso o Brasil não vencesse a Copa do Mundo como país-sede.

Segundo que uma derrota normal para a Alemanha, por dois ou três a um, evidenciaria o fraco futebol que a seleção apresentou durante o torneio. No próprio jogo contra a Alemanha, até os dez minutos quando o Brasil surpreendentemente ficou mais com a bola, a seleção deu quase dez lançamentos para o ataque – depois Muller fez o primeiro gol alemão aos onze minutos. Para dar uma análise mais precisa, teria de rever ao menos o início do jogo, mas todos viram o quanto a seleção utilizou deste artifício durante a copa. A máxima parecia ser “lança o Neymar que o menino resolve”. 
Seleção brasileira posta para foto antes do vexame contra a Alemanha FOTO: Rafael Ribeiro/CBF
É evidente que o Brasil foi um mais que isso, mas nada comparado a outras seleções e principalmente ao futebol apresentado pela campeã desta copa. Pode-se observar que de praticamente todos os gols do Brasil, nenhum saiu de uma jogada trabalhada. É claro que isso também é variável do jogo – Ochoa pode ter feito uma grande defesa numa jogada bem trabalhada pelo time de Felipão –, mas ainda é muito pouco para quem fez onze gols nesta copa.

Relembrando. No primeiro jogo contra a Croácia, Oscar roubou e lutou pela bola no meio de campo, passou para Neymar que chutou de esquerda e marcou. O segundo saiu a partir de um pênalti inexistente em Fred, e o terceiro em outra roubada de bola que Oscar aproveitou e marcou de bico de fora da área. 

Após o empate sem gols contra o México, contra Camarões foram quatro tentos. No primeiro, Luiz Gustavo roubou a bola na lateral, foi até a linha de fundo e cruzou para Neymar marcar. O segundo saiu com um chutão de David Luiz para o ataque, no qual o lateral camaronês Nyom recuou mal, nos pés de Marcelo que tocou para Neymar livre (no momento seu marcador era Nyom) fazer. No terceiro gol na partida, Fernandinho aproveitou a sobra do cruzamento do Neymar, abriu o lance para David Luiz no lado esquerdo que cruzou para Fred marcar. 

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Camarões já estava eliminado e o quarto gol foi uma mostra disso. A falta rápida cobrada na defesa do time africano foi parado após a roubada de bola de Oscar – campeão neste quesito na competição. Fernandinho dominou, tabelou com Fred e marcou o único gol da copa no qual o centroavante serviu como pivô. 

Nas duas partidas seguintes na fase eliminatória, o emocional dos jogadores foi muito questionado depois da disputa por pênaltis contra o Chile (lembrando que na última vez que a seleção enfrentou as penalidades não marcou um gol sequer contra o Paraguai na Copa América), e surgiram apenas gols de zagueiros em lances de bola parada. 

Contra o Chile, o único gol saiu de uma cobrança de escanteio que David Luiz colocou pra dentro (ou o zagueiro chileno). Contra a Colômbia, uma seleção mais aberta que os chilenos, Thiago Silva marcou após cobrança de escanteio e David Luiz em ótima cobrança de falta, em um dos momentos raros da categoria brasileira nesta copa. 

Apenas o gol de honra contra a Alemanha saiu em um lançamento para frente. Depois de Ozil perder um gol cara a cara com Júlio César, com a bola em jogo o lançamento de Marcelo encontrou Oscar na ponta esquerda que trouxe para o meio e fez. Concluindo: roubada de bola, bola parada e lançamento nunca devem ser as únicas opções de se fazer gol para uma seleção pentacampeã de futebol, e o Brasil precisava de muito mais que isso para ser hexa.

Terceiro e mais importante, o que realmente aconteceu – a humilhação. Os sete a um foi o pior resultado em toda a história do selecionado brasileiro. Se a catástrofe de 1950 na primeira copa realizada pelo país tinha nova chance de ser apagada, ela foi, como definiram muitos jornais no dia seguinte. A maior vergonha do futebol brasileiro. 

O resultado foi uma combinação do mal futebol tático e também técnico que o Brasil apresentou nesta copa, junto, ao emocional abalado pelo medo da eliminação, como aconteceu contra o Chile, pela necessidade de vitória da copa em casa, e também pela qualidade e ótimo futebol que a seleção alemã apresentou. E como muitos disseram, já não era a primeira vez que a Alemanha chegava forte, pois já havia demonstrado em Copas e Eurocopas, chegando as semifinais em todas as duas últimas edições de cada competição. Isto após uma revolução no modo de pensar o futebol alemão a partir de 2000, algo que pode ser conferido melhor nesta ótima reportagem

Por outro lado, tal resultado tem de ser encarado como o ponto final de uma parte da história do futebol brasileiro, não só pela humilhação em casa, mas por tudo o que o futebol brasileiro, dos campeonatos às categorias de base, tem apresentado. Como bem definiu Leonardo Bertozzi em seu blog na ESPN, 14 de julho deveria ser o dia zero do futebol brasileiro. O Bom Senso F.C. está aí para lutar por uma parte daquilo que o futebol brasileiro precisa. E isso também será assunto neste blog.