quarta-feira, 27 de abril de 2011

Liga dos Campeões - Semifinal - 27/04

Real Madrid 0 x 2 Barcelona
Messi aos 76 e 87 (Barcelona)
Melhor Jogador em Campo: Lionel Messi


Na temporada 2001/02, o Real Madrid venceu o Barcelona em pleno Cam Nou por dois a zero na mesma fase semifinal da Liga dos Campeões. Desta vez, o troco veio na mesma moeda. Olho por olho, dente por dente. Messi marcou duas vezes e a vitória por dois gols demonstrou a superioridade catalã que pode ter deixado a Copa do Rey como taça de consolação ao Real, numa temporada que o brilho azul-grená imperou mais uma vez sobre a fortuna madrilenha.

O jogo não começou apático e duas chutes a gol foram executados com menos de cinco minutos. Xavi Hernández pegou a sobra e de fora da área pegou um belo chute no ar. Ronaldo tentou de longe com menos qualidade. Ambos os chutes foram muito bem encaixados pelos goleiros espanhóis. Lance real de perigo saiu dos pés de David Villa que aos dez minutos chutou de esquerda do flanco direito e a bola saiu rente a trave de Casillas. Dez minutos passados e a torcida do Real já vaiava os frequentes passes do Barcelona.
Diferente de Ronaldo, Messi foi decisivo e em dois lances deu a vitória ao Barcelona FOTO: AFP
Enquanto o Real não tinha uma referência lá na frente e os meias não tinham a posse da bola, o Barça era o contrário: a bola permanecia mais nos pés de seus jogadores e isso permitiu que chegasse mais uma vez à meta de Casillas, furando a defesa madrilenha. Messi deu belo passe para Xavi que chutou mas, o goleiro espanhol defendeu com segurança. Xavi foi quem teve mais chances, chutando pela terceira vez no jogo, desta vez por cima do gol.

O jogo foi nervoso e o clássico pegava fogo a cada falta marcada pelo juíz Wolfgang Stark. Foram dois cartões amarelos para os laterais direitos das duas equipes. Daniel Alves achou injusto a ocorrência marcada para ele, enquanto Arbeloa pegou Pedro Rodriguez fora do lance. O jogo teve 21 faltas, sendo doze delas cometidas pelo Barcelona. Já nos acréscimos, Ronaldo chuta de fora da área e Valdés fez bela defesa num chute forte e curvilíneo. A bola foi defendida com o peito depois do chute e no rebote, Valdés fez outra boa defesa no chute de Ozil, porém o alemão estava impedido e após o apito do juíz, uma confusão aconteceu na entrada para os vestiários.

Na volta do intervaldo, Adebayor entrou e Mesut Ozil saiu. Os cartões não pararam de sair e até os dez minutos, Mascherano e Sérgio Ramos levaram os seus, sendo que o zagueiro do Real ficará de fora do jogo de volta. No esquema do Real, muitas vezes Pepe ficava muito avançado e como pivô em alguns lances, as jogadas quando saiam dos seus pés não resultavam em nada.Com quinze minutos, a paciência do juíz alemão acabou na falta de Pepe. O português foi dividir uma bola com Daniel Alves e chegou solando feio o lateral brasileiro. O cartão vermelho foi eminente e o zagueiro "carniceiro" também (junto com Sérgio ramos), estará fora do jogo de volta. Junto com o brasileiro, José Mourinho de tanto reclamar da expulsão, acabou indo para o mesmo caminho e também foi expulso.
Guardiola se cumprimentam antes do jogo: na coletiva, brigas e mais brigas FOTO: EFE
Quando o jogo realmente teve futebol, com vinte minutos o Barcelona mantinha a posse de bola e o zero a zero seria ótimo para o jogo de volta. Todavia, Pepe havia sido expulso e um gol nesta partida estava mais fácil de conseguir com um a mais e seria melhor ainda. A bola trabalhada resultou no chute de Villa e Casillas realizou grande defesa, mas a bola caiu um pouco atrás de Pedro que se entortou todo e com a cabeça jogou a bola pra fora do gol. A primeira mudança de Guardiola foi tirar Pedro e colocar o holandês Ibrahim Afellay.

E a entrada do holandês deu certo. Depois de Messi tentar e voltar a bola para Xavi, o camisa seis abriu a bola para Afellay que recebeu, adiantou a bola livrando-se da marcação de Marcelo e cruzou na área. Lá estava o cara do Barcelona e Messi só tocou no fundo das redes. A bola ainda passou por baixo das pernas de Casillas. O gol foi o décimo de Messi no torneio em onze partidas jogadas.

A disputa entre Messi e Cristiano Ronaldo foi fria na partida. Os dois jogadores demonstraram certa apatia em campo e apesar das poucas tentativas, nenhum tinham grande brilho. Mas depois do gol, Ronaldo que deveria aparecer e dar o troco, sumiu ainda mais e foi Messi quem teve a estrela brilhando no Santiago Bernabéu. O argentino não joga mais na ponta-direita, joga no meio do ataque, buscando o jogo pelo meio do campo. E Guardiola mostrou que ali, Messi faz o Barcelona jogar ainda mais e Messi então. O camisa dez passou para Busquets ainda na linha de meio campo, passou por um, dois, três, quatro jogadores brancos antes de com a perna direita, tocar na saída do goleiro e entre dois madrilenhos.





















O gol teve a marca de Messi (assim como disse André Kfouri na transmissão da ESPN) e foi algoz da equipe merengue que agora terá que fazer três gols para se classificar. Mais fácil acontecer como na temporada 2001/02, cujo jogo de volta foi de empate. Se o jogo não for truncado e briguento como hoje já está de bom tamanho. Agora, a responsabilidade cai toda sobre o Real e Guardiola realmente mostrou em campo para Mourinho e o Barça sai na frente para disputar a final em Wembley no dia 28 de maio.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Liga dos Campeões - Semifinal - 26/04

Schalke 04 0 x 0 Manchester U.
Gols: Giggs aos 65 e Rooney aos 67 (Manchester United)
Melhor Jogador em Campo: Wayne Rooney


Manchester United e Schalke 04 nunca haviam se enfrentado. Era a primeira partida na história entre as duas equipes e com certeza, grande maioria apostava nos red devils como grande favorito, mesmo diante da épica vitória do Schalke 04 sobre a Inter de Milão duas partidas do confronto. Jogando em casa, os azuis reais, liderado por Raúl, tinham tudo para repetir o feito. Porém, a equipe de Ralf Rangnick não conseguiu repetir o feito das partidas anteriores e a equipe acabou não conseguindo bom resultado.

O primeiro tempo foi marcado pelas várias e belas defesas do goleiro Manuel Neuer. O alemão é bastante cogitado para ocupar a vaga deixada por van der Sar que se aposentará ao final da temporada - cá entre nós, é a melhor opção existente no mercado. Neuer mostrou que merece ser o substituto de van der Sar e encerrar - assim como ele - a carreira em Old Trafford. Todavia, nem tudo é um mar de rosas. O Schalke não conseguiu segurar a ofensiva do Manchester que decidiu em praticamente três minutos. O special man Ryan Giggs marcou o primeiro em passe de Rooney. O shrek fez o segundo que garantiu a vitória no Veltins Arena (Arena Auf-Schalke) em Gelserkirchen.
Giggs fura a intransponível meta de Neuer e abre depois de passe de Rooney FOTO: Reuters

Movimentado, as duas equipes atacavam e os goleiros não foram espectadores. Trabalharam bastante nos dez minutos iniciais. Dentre van der Sar e Neuer (alemão que pode ocupar a vaga deixada pelo holandês que irá se aposentar), o goleiro do Schalke trabalhou primeiro na primeira grande chance do jogo. "Chicharito" ficou frente a frente com Neuer e tentou chutar por baixo das pernas. A bola passou, mas fraca já que bateu no goleiro e Metzelder estava lá para tirar da pequena área.

Aos 20 minutos, o Manchester já mostrava superioridade e mantinha maior posse de bola. As jogadas de gol sairam dos pés de Chicharito que teve várias chances de gol. O mexicando não aproveitou os passes e numa delas, chutou de esquerda fraco para fora. Em outra oportunidade, a bola bateu na rede pelo lado de fora num chute cruzado e depois, dentro da pequena área o chute saiu pela linha de fundo do outro lado do gol. O goleiro Neuer do Schalke teve grande destaque fazendo bela defesa no cabeceio de Giggs.
Os red devils continuavam a atacar e quase abriram o marcador com Fábio. O lateral esquerdo que estava improvisado na direita chutou por cima do gol de Neuer, que antes já havia se esforçado e muito para fazer outra boa defesa, sendo destaque dos azuis reais. O Schalke falhou bastante com o volante grego Papadopoulos e as chances do Manchester sairam de falhas do camisa 14. Em todo o primeiro tempo, o Schalke deu seu segundo chute a gol, com o camisa onze Baumjohann que chutou fraco de longe do gol.
O meia espanhol Jurado lamenta a vitória na presença da torcida FOTO: Reuters
O goleiro Neuer realizou grande trabalho nos 45 minutos iniciais. Foram seis defesas do goleiro titular da Alemanha, que garantiram o zero a zero até o intervalo de jogo. Na última delas, Ryan Giggs ficou sozinho com o goleiro que com uma só mão fez a defesa aos quando o jogo já estava nos acréscimos. Na volta para o jogo, Neuer continuou em bom ritmo e defendeu bem o cabeceio de Evra, jogando a bola para escanteio. Em seguida, Giggs recebeu sozinho dentro da área do lado esquerdo, cortou para dentro deixando dois jogadores do Schalke 04 no chão mas, de direita, chutou para fora do gol de Neuer.

O Schalke não repetia o mesmo feito das duas últimas partidas contra a Internazionale. Segurou o adversário até 65 minutos de jogo. Porém, quando o Manchester furou a defesa azul, não fez somente uma vez. Wayne Rooney brilhou nos dois lances de gol. No primeiro, o inglês passou por Kluge e tocou para Giggs que só teve o trabalho de chutar e fazer o  primeiro gol do jogo. O segundo gol não foi muito diferente. O meia Luis Antonio Valencia partia com a bola pela direita, livrou-se da marcação de Sarpei e passou a bola para Javier Hernández que tocou para deixar Rooney de frente para o gol. O camisa dez pegou de primeira, tirando a bola do alcance de Neuer e colocou no fundo das redes, praticamente liquidando a partida em apenas dois minutos.























O segundo tempo não foi tão movimentado como o primeiro e Neuer não fez tantas defesas como no começo do jogo, somente levou dois gols que fizeram Sir Alex Ferguson sorrir. Faltando três minutos para o fim, Evra fez linda jogada com Nani. O português recebeu a bola e devolveu para Evra por cobertura. O francês pegou de primeira e a bola passou por Neuer e rente a trave esquerda. O jogo terminou com a vitória vermelha que agora poderá perder por um gol no Old Trafford que estará na final em Wembley, assim como em 1968 quando a equipe venceu o Benfica e foi pela primeira vez, campeã do torneio.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Gol da Semana - Parte 8

Júlio Baptista é a maior esperança do Málaga para livrar a equipe do rebaixamento FOTO: EFE
O oitavo gol da semana foi marcado pelo brasileiro Júlio Baptista. O camisa número seis do Málaga, marcou de fora da área num lindo chute. "La Besta", como é chamado na Espanha, apelido que ganhou ainda quando jogava no Sevilla, fez o primeiro gol da partida aos 32 minutos. O jogo terminou com vitória do Málaga e ajudou a equipe a sair da zona do rebaixamento, porém, o Málaga ainda está com um ponto acima do Osasuna. Hércules e Almería completam os três times que poderão participar da Liga Adelante na próxima temporada.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

2º Jogo - Real Madrid 1 x 0 Barcelona - Final da Copa do Rey

Real Madrid 1 x 0 Barcelona




Sorria Real Madrid você venceu o Barcelona. Depois de seis confrontos sem vencer o rival catalão o Real conseguiu o feito e na hora exata. A vitória foi sofrida, na prorrogação, mas o um a zero com gol de Cristiano Ronaldo deu o título para a equipe merengue que não vencia a Copa do Rey desde a temporada 92/93 há 18 anos. O domínio colchonero acabou neste jogo e o Real foi superior na maior parte da partida.

A vitória deu o primeiro título à José Mourinho como técnico do Real Madrid. O português que repetiu a escalação da última partida, mas deixou ainda mais recuada tirando o atacatante Benzema e colocando o alemão Ozil foi mais incisivo no jogo e teve mais chances de abrir o marcador. O Barcelona foi a campo sem o lutador Puyol e com Mascherano em seu lugar e alternava o esquema tático saindo do 4-3-3 para o 3-4-3 com Mascherano e Busquets ao lado de Piqué e os laterais brasileiros na frente junto de Iniesta e Xavi. 
Jogadores do Real Madrid comemoram a conquista da Copa do Rey FOTO: AFP
A primeira grande chance do Real foi com Ronaldo aos onze minutos. Ozil recebeu na frente, mas dominou errado. Viu Ronaldo do outro lado, dentro da área e o português também dominou mal e o chute não foi tão certeiro. O Barcelona só foi perigoso no segundo tempo com Pedro Rodriguez que colocou a bola no fundo das redes após grande passe, porém, o camisa 17 estava um pouco à frente e o impedimento foi muito bem marcado. O argentino Lionel Messi - assim como na primeira partida, estava pouco inspirado e quando executava suas belas jogadas, parava na marcação madrilenha. 

Ronaldo teve ainda uma boa chance quando recebeu livre na esquerda a bola, quando a partida se encaminhava para o final. No momento que o português ia chutar, Daniel Alves bloqueou o chute. No último grande lance, Dí Maria driblou o marcador e chutou de direita, obrigando o goleiro Pinto fazer boa defesa. As poucas chances criadas que não resultavam em gol levaram a partida para a prorrogação e os pênaltis pairavam para a definição da partida. 
Mourinho x Guardiola mais uma vez FOTO: AFP
A equipe de José Mourinho continuava superior e já com a entrada de Adebayor no lugar de Ozil chegou com Ronaldo que chutou rente à trave. Guardiola manteve a mesma equipe que não conseguia se impor em campo. E do mesmo jeito que Iniesta parou a todos marcando o gol na prorrogação na vitória da Espanha na Holanda na última copa, Cristiano Ronaldo repetiu e aos treze minutos marcou.

E o gol veio de uma jogada prática no futebol. A triangulação na lateral do campo e o cruzamento na área. E foi assim que o lateral Marcelo fez. Tabelou com Dí Maria e cruzou na área na cabeça de Cristiano Ronaldo que com a marcação de Adriano fez o único gol da partida. O Barça teve o segundo tempo inteiro da prorrogação para o menos empatar a partida. Guardiola colocou Afellay e Keita logo após o gol, mas ambos não deram resultado e a vitória estava encaminhada para o Real Madrid que comemorou sua 18º Copa do Rey, esta com um gostinho especial com a vitória sobre o Barcelona.




Opinião: No segundo grande jogo entre as duas equipes deu Real Madrid que mesmo com um time ainda mais recuado sem nenhum atacante na frente conseguiu a vitóra. Se as críticas a Mourinho eram grandes quando escalou um zagueiro para formar uma linha de três volantes no empate em um a um, quero ver agora que tirou o único atacante e colocou um meia de armação. Ronaldo que fez o papel de camisa nove, ficou centralizado no trio de ataque e por isso foi pouco acionado. Tanto que no gol da partida, ele estava na direita com Adebayor já em campo, mesmo que isso não signifique muita coisa. José Mourinho para mim continua sendo covarde. Quando escalou seu time titular perdeu por 5 gols, mas pelo jeito esta equipe que jogou hoje é a única tática para parar o todo poderoso Barcelona. 
Iker Casillas levanta sua primeira taça pós-conquista da Copa do Mundo FOTO: Getty Images
Que a equipe do Barcelona é a base da seleção espanhola isso todos já sabem. Mas o que muitos podem não ter visto é que a equipe é melhor que a seleção pois, supre com dois brasileiros e um argentino as carências da atual campeã mundial. A Espanha não tem bons laterais. Sérgio Ramos é zagueiro enquanto Capdevilla é o único que não tem grandes holofotes. Daniel Alves e Adriano, dois laterais que merecem sem dúvidas vaga na seleção brasileira ocupam essa posição. Na Espanha é Xabi Alonso ou quem sabe Fernando Torres (que não vem fazendo muito milagre no Chelsea), mas Lionel Messi é o camisa 10 que toda seleção deveria ter (não o camisa 10 do papel) e a Espanha não tem e nunca teve. O argentino faz a diferença em campo e faria com certeza se jogasse com a camisa espanhola, mesmo que no momento não precise. Valdés é o terceiro goleiro da seleção que tem Casillas como titular, mas o goleiro do Barça melhorou com o tempo e hoje o presidente não precisa mais correr atrás de outro.  

A equipe entrou da mesma forma da última partida, mas sem Puyol que faz tremenda falta. Porém, o que me chamou a atenção foi a forma como a equipe jogou. O 4-3-3 do papel, se transformava num 3-4-3. Os laterais brasileiros se adiantavam e formavam uma linha junto de Xavi e Iniesta. Mascherano e Busquets faziam uma dupla de zaga com Piqué como líbero e Messi ficava atrás de Villa e Pedro. O argentino era quem mais se movimentava em campo, buscando a bola de todos os lados, principalmente do lado direito do campo. Mesmo com o incrível esquema armado pelo técnico Pep Guardiola a vitória não veio e agora a vingança poderá vir pela Liga dos Campeões na próxima semana.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Gol da Semana - Parte 7

Artem Dzuba em ação contra o Tottenham. FOTO: Getty Images
O jogo aconteceu na quinta feira passada, tivemos outros bonitos gols no fim de semana, mas nada que se compare a essa pintura do russo Artem Dzuba (ou Arytem Dzyuba). O camisa 22 do Spartak Moscou de apenas 22 anos fez o primeiro gol da equipe na derrota em casa para o Porto válido pela Liga Europa. Mesmo já sabendo que a sua equipe estava certamente desclassificada depois da derrota por cinco a um na primera partida e depois de estar perdendo por três gols nessa partida, Dzuba não se intimidou e marcou esta pintura que foi o único motivo de sorriso do Spartak na derrota por 5 a 2.

domingo, 17 de abril de 2011

1º Jogo - Real Madrid 1 x 1 Barcelona - Opinião

Primeiro jogo entre as quatro partidas que as duas maiores equipes da Espanha farão entre si e o empate que saiu depois do apito do juiz era mais que o esperado por todos. A vitória para qualquer das duas equipes, como definiu Paulo Calçade, definiria muita coisa nos próximos jogos que realmente importam para as duas equipes, sendo um o título da Copa do Rey e outro a semifinal da Champions League. Se o Barcelona ganhasse e jogando como joga, o Real poderia jogar a toalha de vez, não por vontade própria, mas sim porque os ânimos não seriam os mesmos, até porque, no primeiro jogo das duas equipes nesta temporada a vexatória derrota por 5 a 0 ainda é presente na cabeça merengue.

Não assisti ao jogo entre as duas equipes. Fiquei surpreso e boquiaberto quando vi que estava um a zero para o Barcelona. Como o Real permitira isso? Depois, também de pênalti Cristiano Ronaldo deixou - assim como Messi, a sua marca na partida. No final, o empate foi bom para os ânimos das duas equipes. Pense uma repetição dos 5 a 0 que o Barcelona deu no primeiro turno? Ou então, uma devolução daquele resultado. Ai se o Real fosse capaz. Mas o troco seria dado com muito prazer com a vitória na Champions League que além de tirar a equipe catalã da final, poderia ganhar pela décima vez a maior competição de clubes do mundo.


Guardiola e Mourinho se cumprimentando: um usou o de sempre, enquanto outro usou a equipe mais "recuada" FOTO: EFE
Contudo, depois da partida, como sempre faço, vou no uefa.com e confiro as escalações das equipes e dessa vez, o que me deixou revoltado foi ver que José Mourinho foi covarde, ou seja, qual for a estratégia que ele pensa, pensou em usar ou sempre usa em jogos como esse, mas para mim, foi covarde e desnecessário. "Mou" escalou a equipe num 4-3-3 com três volantes e sem Ozil armando as jogadas. Mas, para quem acha que ele colocou Lassana Diarra no meio campo, engana-se. O português, pensando em bloquear as investidas do Barça, colocou nada mais que Kléper, ou como todos nós conhecemos Pepe. O camisa três quebra tudo, quebra todos fez bem o seu papel, mas quem entrou em seu lugar não.

Bem feito para Mourinho. Ver Kaká no banco, mesmo que em má fase já é ruim, pior é ver Ozil, seu "substituto - titular" (que vá tudo junto e misturado) ao seu lado no banco de reservas. Se quando Carvalho ou Pepe não jogam a solução é passar Sérgio Ramos para a zaga, desta vez, Albiol jogou. Tudo bem que ele jogou as últimas três partidas do Real os 90 minutos e é um jogador que eu gosto e admiro, entretanto, ele foi o cara que "entrou" no lugar de Ozil e que mudou todo o esquema original de José Mourinho.

No gol do Barcelona é que Mourinho deve ter pensado bem no que ele fez. Mesmo que Pepe tenha ajudado na marcação, jogando no meio campo e assim conseguiu parar o Barcelona, foi Albiol que estragou tudo fazendo um pênalti infantil em David Villa. O pênalti originou no gol do Barcelona e na expulsão do zagueiro que deixou o Real com um a menos. No final, Ronaldo empatou num pênalti meio suspeito, mas que se não fosse marcado, seria mais assunto que se fosse, por mais que não valeria muito, porque o primeiro real confronto será nesta quarta feira na final da Copa do Rey.
Messi comemorando o gol na partida, mais um na temporada FOTO: EFE
Se jornais da Catalunha falaram que Mourinho armou a equipe como se fosse um time pequeno, podem até ter razão. Guardiola fez o contrário, ou melhor, nada fez. Escalou como sempre, a equipe titularíssima. Valdés, Daniel Alves, Puyol, Piqué e Adriano (melhor opção que Maxwell, que é sondado pelo Milan). Xavi, Busquets e Iniesta no meio. Inútil a contratação de Mascherano e de tão estrelado, poderia estragar a equipe se contratassem Fabregas. Messi, Villa e Pedro. Percebam que Busquets e Pedro da base dão um equilíbrio, tirando possíveis várias estrelas.

Prova é que o Barça não ganhou nada quando tinha Messi, Eto'o, Ronaldinho e Henry no elenco na temporada 2007/08. Ficou nas semifinais da Champions perdendo para o Manchester, em terceiro lugar atrás do Villarreal no espanhol e não conquistou a Copa do Rey. Na última temporada, trocou Eto'o por Ibraihmovic da Inter de Milão e perdeu na Champions para o mesmo, levando o troco do camaronês. Se os milhões gastos em Mascherano não deram certo e o Barça era ótimo quando tinha Giuly no trio de ataque, assim como tem Pedro hoje, sem "uma terceira estrela" está mais que comprovado que um time cheio de estrelismo não é a melhor opção. E a prova está no maior rival que estragou Kaká.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Liga dos Campeões - Quartas de Final - 13/04

Schalke 04 2 x 1 Inter de Milão
Raúl aos 45 e Howedes aos 81 (Schalke 04) e Motta aos 47 (Internazionale)
Melhor Jogador em Campo: Raúl González


Pela primeira vez na sua história a equipe do Schalke 04 consegue chegar à semifinal da UEFA Champions League. O feito veio depois da vitória de 2 a 1 sobre a atual campeã Inter de Milão. O jogo foi do camisa sete Raúl González que marcou mais um gol na competição e deu passe para Howedes marcar o gol da vitória. O espanhol é um dos grandes da classificação alemã, ele que já ergueu três taças da competições agora terá que passar pelo poderoso Manchester United para chegar à final contra o seu ex-clube Real Madrid ou contra o seu ex-rival Barcelona.

No início, a partida foi pouco movientada, com o Schalke segurando a bola e impedindo a Inter de atacara. Mesmo Júlio César fazendo a primeira defesa, foi a Inter que procurando jogo chegou mais vezes. Eto'o partiu da esquerda mas chutou sem resultado, em seguida fez falta no goleiro Neuer. O holandês Sneijder também tentou, porém, foi Stankovic que deu à Inter a melhor chance do primeiro tempo, onde aproveitou o lance e chutou de fora da área, obrigando Neuer a fazer ótima defesa.
Raúl comemora mais um gol na Chammpios e o primeiro da classificação do Schalke FOTO: AP

No entando, antes do apito do juíz, aquele ditado "quem não faz, toma", apareceu quando na primeira grande chance do Schalke 04 o gol saiu. Jurado partiu com a bola pelo meio de campo e viu Raúl aparecer livre no meio da zaga (Lúcio e Ranocchia) que só viu o camisa sete driblar Júlio César e tocar para o fundo das redes. Se a missão da Inter de reverter a derrota em casa era difícil, agora praticamente estava descartada.

Na volta do intervalo, a Inter queria reverter a situação e mostrou isso com um gol logo no início. Com quatro minutos, após uma cobrança de escanteio e o desvio de Lúcio, Thiago Motta empatou o jogo. Mesmo com o gol, o jogo não mudou e a Inter não conseguia se impor em campo. Eto'o, Sneijder e Milito tentavam, mas Howedes teve seu gol anulado e Papadopoulos cabeceou por cima do gol, mostrando que o Schalke era quem mandava na partida, assim como aconteceu no primeiro jogo.

Já sem chances de reverter o placar e com Phillipe Coutinho em campo, a equipe de Gelserkirchen chegou ao segundo gol. No contra-ataque, Howedes roubou a bola e passou para Raúl que esperou a hora certa para lançar o camisa quatro que ficou cara a cara com Júlio César que não titubeou, chutou e fechou classificação inédita para a semifinal aos 87 minutos de jogo. Agora, os azuis reais vão enfrentar o todo poderoso Manchester United que com certeza é favorito, porém, zebras acontecem.




Tottenham H. 0 x 1 Real Madrid
Cristiano Ronaldo aos 50 (Real Madrid)
Melhor Jogador em Campo: Xabi Alonso

No outro jogo do dia, o Tottenham Hotspur teria que lutar e muito para conseguir a classificação. Com o russo Pavlyuchenko no lugar de Crouch que havia sido expulso na outra partida, a equipe londrina não conseguiu passar furar a meta de Casillas. A equipe merengue atacaou primeiro com Ozil que chutou e Gomes defendeu.

O jogo foi morno durante todo o primeiro tempo e o Tottenham parecia conformado com a derrota. Com Bale cruzando, os jogadores reclamaram de pênalti e depois, Pavlyuchenko chutou longe do gol. Depois,
dois escanteios deram sustos à meta de Gomes que fez grande defesa no segundo para o Real Madrid, mas mesmo Pavlyuchenko chutando de fora da área, os esforços dos spurs não eram suficientes para reverter a goleada sofrida na primeira partida. O primeiro tempo terminou zero a zero.
Gomes tenta mas não consegue evitar o único gol da partida em falha bisonha sua FOTO: Getty Images

No segundo, com cinco minutos Ronaldo chutou de longe e a bola foi nas mãos de Gomes que, possivelmente, já preparando para lançar alguém, acabou falhando bisonhamente. Pensar que o que já estava difícil, ficou pior ainda com o gol sofrido, ainda mais da maneira como foi. Todo o time do Real comemoraou, exceto Casillas que sabe como é a vida de goleiro e apenas abaixou a cabeça. 

O holandês van der vaart cruzou e pavlyuchenko cabeceou para fora em mais uma oportunidade da equipe londrina. Quando Jermain Defoe substituiu Aaron Lennon, no primeiro lance ele chutou de longe para Casillas defender. O jogo estava com cara de zero a zero, se não fosse a falha de Gomes. Ele foi corajoso num lance, mas defendeu estranhamente um chute de Kaká. Depois viu o lateral Marcelo tentar marcar de cobertura, porém, sem sucesso. Com o apito do juíz, a espera fica para o grande confronto entre Real Madrid e Barcelona, daqui há duas semanas.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Liga dos Campeões - Quartas de Final - 12/04

Manchester United 2 x 1 Chelsea
Javier Hernández aos 43 e Park aos 78 (Manchester United)
Drogba aos 77 (Chelsea)
Melhor Jogador em Campo: Ryan Giggs


Superior. É assim que podemos definir o Manchester United nesta temporada. Com sete pontos à frente do segundo colocado Arsenal no campeonato inglês, mesmo com um jogo a mais, a equipe de Sir Alex Ferguson está na semifinal da Copa da Inglaterra, cujo qual enfrentará o rival Manchester City no próximo sábado. E na maior competição da Europa, a equipe derrotou o rival Chelsea por 2 a 1 e se classificou para a próxima fase onde poderá enfrentar o Schalke 04 que, por mais que derrote a Inter, não é uma equipe que coloque medo, mesmo que esse pode ser um problema. 

No entanto, passando pelo Schalke e pelo Manchester City, o United pode chegar à Wembley nas duas Copas e chegar pela segunda vez na sua história ao triplete, sendo a Liga dos Campeões, Campeonato Inglês e Copa da Inglaterra, algo que alcançou em 1999. Mesmo não jogando um futebol encantador, a equipe liderada pelo galês Ryan Giggs - que deu os dois passes para o gol na partida de hoje, passou com tranquilidade pelo Chelsea de Ramires que foi expulso com 70 minutos de partida.
Giggs foi o grande nome do jogo dando dois passes para gol, um deles para "Chicharito" FOTO: AFP
Nos primeiros quinze minutos de jogo, o Manchester que jogava em casa se impôs em campo e mantinha maior posse de bola. Porém, foi o Chelsea o mais perigoso, chegando duas vezes ao gol de van der Sar. Numa delas, Drogba chutou rente à trave em chute dentro da área. E na entrada, Lampard chutou fraco e o goleiro holandês defendeu o chute. O jogo estava preso no meio campo e as duas equipes pouco chutavam a gol. 

Aos 22 minutos, Anelka aproveita a sobra da bola e chuta. A bola vai por cima do gol com aos olhos de todos no estádio. Em seguida, o Manchester chegou ao gol. Depois de um cruzamento da direita, Javier Hernández cabeceou e abriu o placar. Mas, o gol não foi validado pois o mexicano estava impedido. Quando chegou ao ataque, Anelka que estava com a bola no flanco direito se viu impedido com o "zagueiro" van der Sar tirando a bola do francês quase na marca de escanteio do campo.

Quando ao final do primeiro tempo o jogo parecia que ia terminar sem gols, Ryan Giggs mudou isso. Após a cobrança de escanteio do galês, a bola voltou para os seus pés que ajeitou de primeira para O'Shea. O irlandês tocou inteligentemente para Giggs que entrou na área pela direita e cruzou do outro lado onde estava o sempre muito bem posicionado Javier Hernández. O "Chicharito" só tocou para o fundo das redes e saiu para o abraço, deixando o Manchester muito perto da semifinal.

Depois do tempo de descanço, Carlo Ancelotti sacou Fernando Torres que ainda não justificou seu grande investimento e colocou Drogba em seu lugar. Com o marfinense em campo, o ataque azul ganhou mais mobilidade e o camisa onze apareceu mais em campo que o sumido espanhol. Chegou mais vezes ao gol e fez van der Sar trabalhar mais. O goleiro do United apareceu em lances de chutes de Lampard, Malouda e Drogba. 
O jogo era outro com o africano em campo e aos 32 minutos, Essien do meio campo lançou Drogba que dominou, virou e chutou cruzado. O gol empatou a partida e animou a torcida dos blues. Drogba realmente fez a diferença para o Chelsea e a substituição de Ancelotti mostrou resultado, porém, por pouco tempo. Muito pouco. Se a UEFA adianta um minuto quando sai um gol, dando 77 minutos para o gol de Drogba que saiu aos 76m e 01 seg, o gol de Jin Sun Park também saiu aos 77.

Rooney estava com a bola na entrada da área e passou para Giggs que no meio da área, viu o coreano sozinho do lado esquerdo e lançou-o que só dominou e chutou cruzado, forte e sem chances para Peter Cech. O gol abalou os jogadores do Chelsea que tentavam chegar ao gol adversário, mas sem ânimo. O Manchester administrou o resultado e o resultado se manteu até o apito do juíz, dando a vitória e a classificação do Manchester sobre o Chelsea e agora esperará a partida entre Schalke 04 e Internazionale.


Shakhtar Donetsk 0 x 1 Barcelona
Messi aos 43 (Barcelona)
Melhor Jogador em Campo: Lionel Messi



Deu a lógica na Ucrânia. No Dumbass Arena, o Shakhtar não mostrou sua força diante da torcida e perdeu pela segunda vez no novo estádio, contruído para a Eurocopa 2012. A equipe ucraniana cheia de brasileiros perdeu a partida com gol de Messi que marcou seu 48º gol numa só temporada, superando 2008/09 quando fez 47 gols. O jogador está perto de passar Ferenc Puskas como maior marcador espanhol numa temporada. O húngaro marcou 49 gols em 59/60.

O Shakhtar bem que tentou se impor na partida, teve algumas chances de gols no começo, mas o Barcelona começou a se soltar e mesmo com a pressão da torcida conseguiu chegar primeiro ao gol. Daniel Alves deu o passe da direita para Messi que entrando na área driblou os zagueiros e chutou sem chances para Pyatov. Isso aos 43 minutos do primeiro tempo. Com o resultado agregado da primeira partida, somava-se seis a um e os ucranianos-brasileiros pouco poderiam fazer nos 45 minutos que fecharia o encontro.
Comemoração catalã no único gol do jogo marcado por Messi FOTO: AP
Com nenhum gol na segunda etapa, o Barcelona de Messi e cia espera provavelmente o Real Madrid que deverá segurar o resultado contra o Tottenham, depois da vitória por quatro gols. O possível confronto é bastante esperado pela imprensa espanhola e coincidirá com o jogo de volta entre ambos no campeonato espanhol e a final da Copa do Rey.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Gol da Semana - Parte 6

Guilherme na comemoração do decisivo gol para a vitória brasileira FOTO: AFP

No último sábado, a seleção brasileira sub-17 foi campeã do torneio sul-americano em cima da Argentina. Depois de vencer Colômbia, Equador e Paraguai, além de ter empatado com o Uruguai na primeira partida do hexagonal final, a seleção canarinho venceu por três gols a dois os hermanos que por sua vez ficaram com a terceira colocação da competição. E saiu deste jogo o gol da semana. O camisa 17 Guilherme, jogador do Vasco, deu um belo chute de fora da área e o resultado foi essa pintura de gol que coroou o título brasileiro.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Liga dos Campeões - Quartas de Final - 06/04

Chelsea 0 x 1 Manchester United
Wayne Rooney aos 24 (Manchester U.)
Melhor Jogador em Campo: Michael Carrick


Vinte e um de maio de dois mil e oito. Manchester United e Chelsea realizavam a final da UEFA Champions League no estádio Luzhniki em Moscou. O resultado da partida foi empate, isso em 120 minutos de bola rolando onde Cristiano Ronaldo abriu o placar e Frank Lampard empatara ainda no primeiro tempo. A decisão para quem levantaria a taça se resolveria nos pênaltis. Ronaldo que faria sua melhor participação no torneio que foi artilheiro, errou sua cobrança. Restava a John Terry colocar a bola na marca da cal e dar a alegria aos blues e à Roman Abramovich que tanto investira para sua equipe chegar ao topo da Europa.

Porém, não era para ser assim. Parecia estar tudo predestinado que aquele seria o ano dos red devils e foi assim que aconteceu. Terry no chute escorregou e a bola saiu pelo lado esquerdo de van der Sar que pulou para o direito. A bola para fora abalou o inglês que não acreditava no que via. Assim, depois de Anderson e Kalou marcarem os seus, Ryan Giggs depois de tantos anos no clube, mereceria marcar a última cobrança antes de van der Sar defender a cobrança de Nicolas Anelka e fazer o Manchester United campeão pela terceira vez.
Depois dos três gols contra o West Ham no inglês, Rooney apareceu novamente e deu a vitória ao United FOTO: AFP
Quase três anos depois, as duas equipes se enfrentrariam novamente, hoje pelas quartas de final, mas com a lembrança daquela final na cabeça. Dos titulares daquela partida, apenas Cristiano Ronaldo, Tévez, Carvalho, Makélelé, Joe Cole e Ballack não estão no elenco. Mas eles viram, mesmo longe, o Manchester continuar a ser superior após a vitória por um a zero em pleno Stamford Bridge.

Com a torcida a seu favor, o Chelsea chegou primeiro a gol com um chute de Drogba que foi por cima do gol. No entanto, o meio campo da equipe de Sir Alex Ferguson era superior e mostrou bastante eficiência no lance do primeiro gol da partida. Carrick com a bola dominada no meio de campo lançou Ryan Giggs na esquerda. O galês com toda sua experiência dominou a bola se livrando da marcação de Bosingwa. O lateral nem viu a passagem de Giggs que com muita inteligência, tocou para Rooney que livre (Javier Hernández segurando três defensores adversários) pegou de primeira tirando de Cech. A bola ainda bateu sutilmente na trave antes de entrar no fundo das redes aos 24 minutos de jogo.

O jogo estava muito preso no meio campo e foi de poucos ataques das duas equipes. Mas num deles, no final da primeira etapa, o cruzamento da esquerda para a meta de van der sar foi parar direto na trave, passando por todos. No rebote, Lampard chutou e em cima da linha, no lugar certo na hora certa, Patrice Evra tirou a bola e o gol de empate do Chelsea. Gol que mudaria o ritmo do jogo na segunda etapa.

Com Nani no lugar de Rafael, o Manchester não conseguira chegar ao segundo gol. As duas equipes pouco assustavam seus goleiros e a pressão caia sobre os jogadores azuis que necessitavam da vitória em casa. Somente num chute de Lampard van der sar trabalhou eficientemente e aos 85 minutos, o holandês executou uma linda ponte para alegria da torcida vermelha. Em seguida, Torres se jogou dentro da área e levou cartão amarelo, mas o técnico Carlo Ancelotti reclamou de pênalti de Evra em Ramires no último minuto de jogo, mas que não foi dado pelo juíz e os blues terão que suar e muito para vencer no jogo de volta no Teatro dos Sonhos.




Barcelona 5 x 1 Shakhtar Donetsk
Iniesta aos 2, Daniel Alves aos 34, Piqué aos 53, Keita aos 61 e 
Xavi aos 86 (Barcelona) Rakitskiy aos 60 (Shakhtar)
Melhor Jogador em Campo: Andrés Iniesta

Ambas as equipes haviam disputado o jogo dos campeões no início da temporada passada. O campeão da Liga dos Campeões na época e o Shakhtar que havia vencido a Liga da Europa se enfrentaram com vitória catalã. Na época, a vitória saiu somente na prorrogação, contudo, hoje a diferença de quatro gols, sacramentou sem muita dúvida a classificação do Barcelona para a próxima fase. Somente um milagre poderá mudar a história desse confronto.

No início, com somente dois minutos Lionel Messi ia tocar para Villa, mas a defesa interceptou nos pés de Iniesta que cara a cara com o goleiro marcou o primeiro do que seria muitos gols. Depois, Iniesta foi mais uma vez decisivo na partida e lançou do meio campo Daniel Alves que adiantou-se antes do goleiro na grande área e marcou o segundo gol aos 34 minutos. O jogo seguiu sem lances de gol após e terminou assim o primeiro tempo. 
Daniel Alves deixou a sua marca e deu um passe para o gol de Xavi. FOTO: EFE
Na volta do intervalo, Piqué deixou a sua marca em linda jogada ensaiada da equipe de Pep Guardiola. O camisa três aproveitou a cobrança de escanteio rasteira na entrada da área e fez o terceiro. Se os ucranianos não tinham o mesmo toque de bola dos espanhóis, ao menos sabiam executar e bem uma jogada ensaidada. Do mesmo jeito de Piqué, saindo de trás dos jogadores restantes, Rakitskiy desviou a bola após a cobrança de falta e diminuiu para o Shakhtar. 

Mas não deu nem tempo para o Shakhtar esboçar uma reação que Messi partiu com a bola da direita e tocou para Keita na entrada da área. O malinês pegou em cheio de canhota e fuzilou o gol de Pyatov um minuto depois aos 61. Para fechar, Daniel Alves na entrada da área pela direita achou Xavi livre que só tocou para o fundo das redes à cinco minutos do fim. Os cinco gols praticamente selaram a classificação e o confronto contra o rival Real Madrid é praticamente certo, este depois de ter vencido por 4 a 0 o Tottenham em casa.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Liga dos Campeões - Quartas de Final - 05/04

Inter de Milão 2 x 5 Schalke 04
Stankovic aos 1 e Milito aos 34 (Internazionale) Matip aos 17, 
Edu aos 40 e 75, Raúl aos 53 e Ranocchia aos 57 (c) (Schalke 04)
Melhor Jogador em Campo: Edu




A torcida dos azuis reais já iam comemorando o título da antinga Copa da UEFA (atual Liga da Europa) da temporada 96/97, quando eram jogados 84 minutos no estádio Giusseppe Meazza e o chileno Ivan Zamorano acabou com a alegria marcando o primeiro gol da Internazionale na partida contra o Schalke 04. Como o resultado persistiu até o final e a primeira partida havia terminado em derrota para a equipe italiana, o jogo foi para os pênaltis. Na decisão, os jogadores do Schalke não titubearam e marcaram quatro gols contra somente um da Inter e foram campeões da competição e comemoraram a conquista na Itália.

Dez anos tinha na época o alemão Manuel Neuer, hoje goleiro do Schalke 04 e grande cotado para substituir Edwin van der Sar no gol do Manchester United na próxima temporada. Quatorze anos depois, Inter de Milão e Schalke 04 se enfrentaram pela fase quartas de final da principal competição européia. E se muitos achavam que a Inter era plena favorita e que iria passear sobre a equipe alemã, se enganou completamente. Mesmo jogando em casa, a equipe italiana conseguiu levar cinco gols do Schalke 04, que com Edu marcando dois gols e Raúl González que marcou seu 70º gol na Champions, levam três gols de diferença para o jogo de volta em Gelserkirchen.
O brasileiro Edu marcou dois gols da histórica vitória do Schalke sobre a Inter. FOTO: AFP
Contudo, o Schalke suou para conseguir a vitória. Ao menos na primeira etapa. A noite parecia ser nerazzurri quando Neuer (que com onze anos viu a Inter dar o troco no ano seguinte, ainda nas quartas de final e ser campeã do mesmo torneio) saiu da área para tirar a bola com a cabeça mas, parou nos pés de Stankovic que sem deixar cair no chão, pegou de primeira do meio campo e abriu o placar com apenas 25 segundos de jogo. Um dos gols mais rápidos da competição foi o segundo do meio da rua do sérvio que já havia marcado de modo parecido contra o Genoa no campeonato italiano.

A equipe adversária não se abalou com o gol e atacava frequentemente a Inter. Até que com 17 minutos, depois da cobrança de escanteio e do bate e rebate na área, Matip empatou o jogo. Jogando de branco, a equipe visitante vibrou bastante com o gol de empate, mas viu 15 minutos depois, Sneijder olhar Cambiasso livre na direita e dominar para Diego Milito que só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes. A alegria do desempate não durou o primeiro tempo e sem se abater, o Schalke foi para cima e empatou aos 40 minutos. O brasileiro Edu, desconhecido no Brasil chutou cruzado da direita e no rebote de Júlio César fez o primeiro dele na partida.

De técnico novo, Ralf Rangnick parece ter mudado o brio da equipe. Com oito minutos, Raúl aproveitou a tabela e o passe feito por Farfán e na entrada da área dominou, se livrou da marcação e fez o gol da virada alemã. Se as coisas estavam ruim para a Inter, ficou pior quando Jurado arrancou pela direita e cruzou na área para Ranocchia tirar a bola do alcance de Júlio César, marcando o quarto gol do Schalke no jogo.

No segundo tempo, o Schalke "treinava" em campo e desfilava com a bola. A Inter sumiu na partida e Sneijder e Eto'o, principais articuladores, já haviam sentido o terceiro gol azul. Sem poder de reação, restava segurar a pífia derrota até o final e esperar o jogo de volta para fazer como vez com o Bayern de Munique na fase anterior: surpreender. Mas a missão ficou mais difícil ainda quando faltando quinze minutos para acabar, Edu aproveitou o passe na entrada da área girou e chutou para o fundo das redes, desnorteando o goleiro Júlio César, deixando-o boquiaberto.

Talvez nem o torcedor mais fanático confiava numa vitória tão larga e tão bem feita em pleno Giusseppe Meazza. O triunfo de 5 a 2 deixou a equipe alemã à um passo da semifinal inédita e deixou muito feliz o torcedor alemão presente no estádio que pode acompanhar uma partida histórica que tem tudo para se tornar especial com a classificação no jogo de volta.
























Real Madrid 4 x 0 Tottenham
Adebayor aos 4 e 57, Dí Maria aos 72 e Ronaldo aos 87 (Real Madrid)
Melhor Jogador em Campo: Emmanuel Adebayor



No terceiro confronto das duas equipes na história, com Cristiano Ronaldo que era dúvida deixando a sua marca, o Real foi superior ao Tottenham com dois gols de Adebayor. O atacante togolês marcou seu nono gol em dez jogos contra os spurs e deu a vitória para a equipe madrilenha que com os quatro a zero nesta primeira partida, abre uma larga vantagem para o jogo no White Hart Lane em Londres. Para este jogo, o Tottenham não poderá contar com Peter Crouch. O grandalhão inglês acabara por ser expulso com apenas quinze minutos de jogo em dois lances pífios para cartão amarelo, o que prejudicou e muito a equipe londrina.

O jogo nem bem começou e depois do escanteio, Adebayor cabeceou e abriu o placar com quatro minutos de jogo. Depois, aos quinze minutos Crouch levou o segundo amarelo no jogo e foi expulso, deixando o Tottenham sem atacantes e com somente van der Vaart na frente. Com um a mais, o Real Madrid foi superior e deslanchou a atacar. Pena que o segundo não saiu. Depois do intervalo, Harry Redknapp tirou van der Vaart e colocou Defoe. 
Adebayor marcou seu nono em dez partidas contra o Tottenham FOTO: AFP

O atacante de ofício não resolveu muito e o Tottenham continuou a sofrer nas mãos merengues. Até que Adebayor mais uma vez marcou o seu. Cristiano Ronaldo tocou a cobrança de escanteio para o brasileiro Marcelo que cruzou na entrada da área e o togolês cabeceou no lado contrário de Gomes que só ficou a observar a bola entrando. Sempre oferecendo perigo à meta de Gomes, o Real chegou ao terceiro gol com o argentino Dí Maria. Quinze minutos depois, o camisa 22 tentava se livrar da marcação na diagonal do gol e quando conseguiu chutou de esquerda no ângulo direito de Gomes que pouco pode fazer.


O Tottenham estava perdido em campo. Sem Crouch expulso e van der Vaart substituído, pouco poderia ser feito pela equipe a não ser se segurar para o jogo de volta. Higuaín entrou no lugar de Adebayor depois de seis meses sem jogar graças à uma contusão. Kaká que havia entrado no lugar do autor do terceiro gol, deu o passe para o quarto, fechando o placar. O brasileiro inverteu o jogo dentro da área adversária e Cristiano Ronaldo pegou de primeira, com Gomes falhando no lance. O resultado foi avassalador e será difícil para o Tottenham reverter. Pode-se considerar que o Real esperará o Barcelona como possível vitorioso do confronto contra o Shaktar.