Primeiro jogo entre as quatro partidas que as duas maiores equipes da Espanha farão entre si e o empate que saiu depois do apito do juiz era mais que o esperado por todos. A vitória para qualquer das duas equipes, como definiu Paulo Calçade, definiria muita coisa nos próximos jogos que realmente importam para as duas equipes, sendo um o título da Copa do Rey e outro a semifinal da Champions League. Se o Barcelona ganhasse e jogando como joga, o Real poderia jogar a toalha de vez, não por vontade própria, mas sim porque os ânimos não seriam os mesmos, até porque, no primeiro jogo das duas equipes nesta temporada a vexatória derrota por 5 a 0 ainda é presente na cabeça merengue.
Não assisti ao jogo entre as duas equipes. Fiquei surpreso e boquiaberto quando vi que estava um a zero para o Barcelona. Como o Real permitira isso? Depois, também de pênalti Cristiano Ronaldo deixou - assim como Messi, a sua marca na partida. No final, o empate foi bom para os ânimos das duas equipes. Pense uma repetição dos 5 a 0 que o Barcelona deu no primeiro turno? Ou então, uma devolução daquele resultado. Ai se o Real fosse capaz. Mas o troco seria dado com muito prazer com a vitória na Champions League que além de tirar a equipe catalã da final, poderia ganhar pela décima vez a maior competição de clubes do mundo.
Guardiola e Mourinho se cumprimentando: um usou o de sempre, enquanto outro usou a equipe mais "recuada" FOTO: EFE |
Contudo, depois da partida, como sempre faço, vou no uefa.com e confiro as escalações das equipes e dessa vez, o que me deixou revoltado foi ver que José Mourinho foi covarde, ou seja, qual for a estratégia que ele pensa, pensou em usar ou sempre usa em jogos como esse, mas para mim, foi covarde e desnecessário. "Mou" escalou a equipe num 4-3-3 com três volantes e sem Ozil armando as jogadas. Mas, para quem acha que ele colocou Lassana Diarra no meio campo, engana-se. O português, pensando em bloquear as investidas do Barça, colocou nada mais que Kléper, ou como todos nós conhecemos Pepe. O camisa três quebra tudo, quebra todos fez bem o seu papel, mas quem entrou em seu lugar não.
Bem feito para Mourinho. Ver Kaká no banco, mesmo que em má fase já é ruim, pior é ver Ozil, seu "substituto - titular" (que vá tudo junto e misturado) ao seu lado no banco de reservas. Se quando Carvalho ou Pepe não jogam a solução é passar Sérgio Ramos para a zaga, desta vez, Albiol jogou. Tudo bem que ele jogou as últimas três partidas do Real os 90 minutos e é um jogador que eu gosto e admiro, entretanto, ele foi o cara que "entrou" no lugar de Ozil e que mudou todo o esquema original de José Mourinho.
No gol do Barcelona é que Mourinho deve ter pensado bem no que ele fez. Mesmo que Pepe tenha ajudado na marcação, jogando no meio campo e assim conseguiu parar o Barcelona, foi Albiol que estragou tudo fazendo um pênalti infantil em David Villa. O pênalti originou no gol do Barcelona e na expulsão do zagueiro que deixou o Real com um a menos. No final, Ronaldo empatou num pênalti meio suspeito, mas que se não fosse marcado, seria mais assunto que se fosse, por mais que não valeria muito, porque o primeiro real confronto será nesta quarta feira na final da Copa do Rey.
Messi comemorando o gol na partida, mais um na temporada FOTO: EFE |
Se jornais da Catalunha falaram que Mourinho armou a equipe como se fosse um time pequeno, podem até ter razão. Guardiola fez o contrário, ou melhor, nada fez. Escalou como sempre, a equipe titularíssima. Valdés, Daniel Alves, Puyol, Piqué e Adriano (melhor opção que Maxwell, que é sondado pelo Milan). Xavi, Busquets e Iniesta no meio. Inútil a contratação de Mascherano e de tão estrelado, poderia estragar a equipe se contratassem Fabregas. Messi, Villa e Pedro. Percebam que Busquets e Pedro da base dão um equilíbrio, tirando possíveis várias estrelas.
Prova é que o Barça não ganhou nada quando tinha Messi, Eto'o, Ronaldinho e Henry no elenco na temporada 2007/08. Ficou nas semifinais da Champions perdendo para o Manchester, em terceiro lugar atrás do Villarreal no espanhol e não conquistou a Copa do Rey. Na última temporada, trocou Eto'o por Ibraihmovic da Inter de Milão e perdeu na Champions para o mesmo, levando o troco do camaronês. Se os milhões gastos em Mascherano não deram certo e o Barça era ótimo quando tinha Giuly no trio de ataque, assim como tem Pedro hoje, sem "uma terceira estrela" está mais que comprovado que um time cheio de estrelismo não é a melhor opção. E a prova está no maior rival que estragou Kaká.
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