quinta-feira, 23 de maio de 2013

A boa terceira colocação do Milan

Foi sofrida a vitória sobre o Siena na última rodada do campeonato italiano. Já rebaixado o adversário queria complicar a vida do time rossonero, algo que conseguia até os 84 minutos de jogo. Com um pênalti discutível o Milan empatou e ganhou forças para virar e alcançar o objetivo da temporada: a vaga Na Liga dos Campeões. Algo que já poderia ter sido conquistado em outras rodadas, se não fosse os difíceis jogos do time e a ascensão da Fiorentina. Após a análise do primeiro turno do Milan no qual traçou o bom momento do time de Massimiliano Allegri, apesar do péssimo início de campeonato, reveja por onde o Milan passou para chegar ao terceiro lugar, 15 pontos ou cinco vitórias atrás da campeã Juventus.

Como já havia sido tratado no post do primeiro turno, o returno começou com o empate em zero a zero contra a Sampdoria, fora de casa, sem vingar a derrota na estreia da competição. Nos jogos seguintes, Bologna, Atalanta, Udinese, Cagliari e Parma eram os adversários antes do clássico contra a Inter de Milão. No primeiro turno haviam sido quatro pontos foram conquistados sobre esses adversários porém, no segundo, apenas um empate com o Cagliari (único time entre os quatro que venceu no primeiro turno) aconteceu, conquistando 13 pontos de 15.

A partir daí o time já contava com Mario Balotelli, contratado junto ao Manchester City por 20 milhões de euros. O atacante “encrenqueiro” tinha a missão tardia de suprir a saída de Ibrahimovic e na primeira partida contra a Udinese marcou dois gols, sendo um de pênalti no último minuto. O jogador marcou também nas partidas seguintes, chegando a marca de quatro gols em três jogos. 

No clássico contra a Internazionale, El Shaarawy fez aos 21 minutos o seu último gol na temporada. Brilhante e destaque no primeiro turno o jogador curiosamente caiu de rendimento após a chegada de Mario, com quem chegou a jogar junto até na seleção italiana. O jovem faraó também marcou o único gol do Milan na derrota na prorrogação para a Juventus na Copa da Itália, no segundo jogo do ano.

Após o empate no Derby della Madonnina, o Milan emplacou outra sequência de quatro vitórias – no primeiro turno havia vencido Juventus, Catania, Torino e Pescara. Dessa vez, goleou a Lazio por três a zero, venceu Genoa e Palermo por dois a zero e o Chievo, fora de casa, por um a zero. Com exceção da Lazio, os três times terminaram abaixo da décima colocação, sendo que o Palermo foi rebaixado e a Genoa ficou uma posição acima. Nesse intervalo o time era derrotado por 4 a 0 para o Barcelona – após vencer surpreendentemente por 2 a 0 no jogo de ida – e, assim, eliminado da Liga dos Campeões. 

Todavia, a quinta vitória não saiu por conta do difícil jogo contra a Fiorentina fora de casa. Ou talvez nem tão difícil assim, já que o time rossonero vencia por dois a zero, até que Adem Ljalic sofreu falta boba dentro da área que ele mesmo converteu. Animado, o time viola foi pra cima e conseguiu outro pênalti no qual o chileno Pizarro não desperdiçou e empatou a partida – o time estava com um a menos desde o 40 minutos do primeiro tempo. No jogo de ida, a Fiorentina havia vencido o Milan, no San Siro, por três a um. 

No jogo seguinte, outro empate contra o Napoli jogando em casa. Se ganhasse o Milan ficaria a um ponto do adversário e poderia lutar pela vaga direta na fase de grupo da Champions, algo que, como é sabido, não aconteceu. A trinca de jogos difíceis terminaria com a Juventus e a derrota para a futura campeã veio com Robinho em campo, Balotelli suspenso e gol de pênalti de Arturo Vidal. 

O 4-3-3 era o esquema tático do time com Boateng na ponta-direita, voltando um pouco mais e compondo, às vezes, o meio-campo, algo que não acontecia quando Niang era o titular. Faltavam cinco jogos para o campeonato acabar e a partida contra a Roma, na penúltima rodada, era o mais difícil, já que o time lutava por uma vaga na Liga da Europa. Antes, nove gols sobre Catania (4 x 2), Torino (1 x 0) e Pescara (4 x 0) fora de casa (com quatro gols de Balotelli no período) não deixaram que a Fiorentina – com quatro pontos atrás, mas vencendo suas partidas – encostasse. 

Algo que aconteceu após o empate contra a Roma. Muntari foi expulso no primeiro tempo por “brincar” com o cartão do juiz e o Milan se segurou até o final da partida que teve Totti expulso no último minuto. Com a Fiorentina ganhando, restava ao Milan uma vitória sobre o já rebaixado Siena para confirmar a classificação na Champions, algo que, como dito no começo do texto, aconteceu nos últimos dez minutos, com Mexés colocando “chorado” a bola para dentro do gol, fazendo com que o vice-presidente Adriano Galliani, comemorasse como nunca a eminente vitória. 

Mesmo com a classificação garantida, hoje discute-se a permanência do técnico Massimiliano Allegri, algo que apenas o presidente Silvio Berlusconi contesta. Galliani, diretoria e jogadores, apoiam a permanência de Allegri. 

Artilheiros
Destaque no primeiro turno, El Shaarawy marcou 16 gols, ficando atrás de Cavani (29) e Di Natale (23) e empatado com Osvaldo. Titular e suplente, Pazzini que chegou em troca com Cassano, marcou 15 gols, enquanto que Cassano fez apenas 8 na Inter. Balotelli, destaque no segundo turno, marcou doze gols em treze partidas. Os volantes Montolivo e Flamini marcaram quatro, enquanto que Boateng e Nocerino, não fizeram uma temporada tão boa como a anterior e marcaram duas vezes cada um, assim como Robinho.

Cinco vitórias
Foram nove empates e oito derrotas do Milan, mas cinco vitórias separaram o Milan da campeã Juventus. E é justamente o número de derrotas que o Milan teve antes de ter sua primeira apresentação de respeito, a goleada de cinco a um sobre o Chievo. Problema foi a derrota para a Fiorentina, na rodada seguinte jogando no San Siro. Também em casa, nas problemáticas dez primeiras rodadas, derrota para Sampdoria, Atalanta e Internazionale. Fora, Udinese e Lazio venceram a equipe rossonera. Depois apenas Roma e Juventus ganharam jogando em casa, derrotas aceitáveis, mas que devem ser evitadas na próxima temporada se a equipe quiser o título. 

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