sábado, 15 de junho de 2013

Em boa atuação do Brasil, seleção faz três no Japão em jogo com manifestações e vaias


 Brasil 3 x 0 Japão


A esperada estreia brasileira deu tudo certo no Estádio Mané Garrincha. Com dois gols no início de cada tempo e um no último minuto, o Brasil goleou o Japão por três a zero. Um tanto quanto sumida, a equipe do Japão pouco fez diante do bom jogo que a seleção brasileira fez. 

Quem ainda estava procurando o seu lugar na arquibancada, não deve ter visto Neymar acertar um belo chute da entrada da área após ajeitada de Fred. A bola acertou o ângulo do gol e deu calma a equipe de Luis Felipe Scolari. As tentativas brasileiras continuaram, mas sem muita eficiência. O Japão não conseguia passar pela defesa brasileira, algo que continuou no segundo tempo, mesmo após Paulinho aproveitar o cruzamento de Daniel Alves e marcar um belo gol. Após várias substituições, a cara do jogo não mudou e ainda deu tempo para Jô marcar o terceiro gol brasileiro, após belo passe de Oscar.
Neymar abriu o placar logo aos três minutos depois de Fred ter ajeito a bola FOTO: AP
Era dia de festa, dentro de campo. Fora dele, manifestações de brasileiros e para evadir esse pessoal, a polícia começou a agir do seu jeito. Muitos torcedores enfrentaram longas filas para pegar o ingresso comprado pela internet e, por esse motivo, algumas lugares vermelhos - que são as cores da cadeira do estádio - puderam ser vistos. Antes do apito inicial do árbitro, Joseph Blatter e Dilma Rousseff foram abrir oficialmente a Copa das Confederações e, antes do presidente da FIFA começar a falar, as vaias ecoaram no estádio e o dirigente chegou a pedir fair play para os torcedores. 

Jogo
Após os dois amistosos realizados contra Inglaterra e França, no qual Luis Felipe Scolari testou dois posicionamentos diferentes, para a estreia contra o Japão, o técnico decidiu colocar em campo, Oscar pelo lado esquerdo - diferente da meia direita e meia armador que executou nos amistosos -, Neymar pelo meio, chegando mais próximo de Fred e Hulk no lugar que se sente melhor, a ponta direita. 

O Brasil começou com a bola e trocando os passes habituais de início de jogo. O time tinha espaço, os japoneses não pressionavam em cima da linha de defesa. E não foi preciso nem chegar à área adversária com passes, para o primeiro gol sair. Marcelo cruzou na entrada área e Fred ajeitou a bola para Neymar. O camisa 10 pegou a bola na veia e acertou o ângulo do goleiro Kawashima, aos três minutos de jogo. 

Bastante comemorado, o gol deu a calma que o time precisava e o domínio brasileiro prosseguiu. As tentativas de chegar ao segundo gol ocorreram por ambos lados. Primeiro com Hulk e Daniel Alves tabelando, tentando o cruzamento e chute. Pelo lado esquerdo, o cruzamento vinha com mais facilidade e, num deles, Hulk recebeu de Marcelo e tentou o passe para a pequena área. A defesa japonesa tirou e no rebote, Daniel Alves chegou chutando, longe do gol. 

O tempo passava e os japoneses não queriam ser apenas coadjuvantes, afinal, o 4-2-3-1 dos orientais não era fraco, com Kiyotake, Honda e Kagawa no meio e Okazaki na frente. Pelo meio, Keisuke Honda executava as melhores jogadas. Participando também pelo lado direito, o jogador tentou o corte para dentro, mas parou na defesa brasileira. Jogador do Manchester United, Kagawa aparecia muito pouco pela esquerda. 

Já aos 40 minutos, aquilo que se espera de Hulk. Pelo lado direito, o atacante dominou a bola e cortou para dentro. O forte chute passou perto do gol, acertando a rede pelo lado de fora. Dois minutos depois, Marcelo levou uma bolada "naquele" lugar que originou o contra-ataque brasileiro. Pela esquerda, Neymar dominou e logo cruzou para Fred. O camisa nove dominou com um pouco de trabalho, mas acertou o chute rasteiro que passou perto da trave direita do goleiro. 

Como forma de fazer Paulinho se sentir mais "livre" como segundo volante, o que se viu foi o primeiro volante, Luiz Gustavo, jogando mais preso, aparecendo num momento com a bola dominada, até como um terceiro zagueiro. Com Paulinho sendo o quinto homem dos ataques brasileiros, o Brasil chegou ao segundo gol. Daniel Alves viu um espaço vazio atrás da concentração de jogadores dentro da grande área, e cruzou baixo. Paulinho aproveitou bem o espaço vazio, dominou e chutou virando para o gol, ampliando o placar aos 2 minutos. 

Pouco antes do técnico do Japão tirar Kiyotake e colocar Maeda, o atacante Okazaki não consegui aproveitar o cruzamento de Uchida e, bem marcado, jogou para fora. O Brasil criou algumas oportunidades, mas sem assustar tanto o goleiro Kawashima. A intensidade brasileira diminuiu um pouco e, depois da cobrança de falta de Honda, e o bate rebate na área, a bola sobrou para Maeda que chutou forte, mas Júlio César segurou o chute rasteiro com 25 minutos de jogo.

Três minutos depois, Lucas entrou na partida e surpreendentemente, no lugar de Neymar. Pouco depois Hulk deu lugar a Hernanes e, no Japão, Endo saiu para a entrada de Hosogai. O jogo seguiu com posse de bola maior para o time brasileiro. Somente há dez minutos do fim, antes de Fred dar lugar a Jô, o camisa nove aproveitou o escanteio e, bem marcado, quase acertou o gol de cabeça. Nessa altura, o esquema era o 4-3-3, com Oscar pela esquerda, Lucas pela direita e os volantes Paulinho e Hernanes pelo meio.

Com todas as substituições executadas, restou ao árbitro dar três minutos de acréscimo e nesse tempo a mais, a seleção chegou ao terceiro gol. No contra-ataque, Oscar partiu com a bola pela esquerda, foi levando para o meio do campo e, milimetricamente, acertou um belo passe para Jô que olhou para o gol e tocou no meio das pernas de Kawashima, transformando em goleada a boa partida do Brasil.

Ficha Técnica
Brasil 2 x 0 Japão
Local: Estádio Mané Garrincha
Data: 15 de junho de 2013, domingo
Horário: 16h00 (de Brasília)
Árbitro: Pedro Proença (POR)
Cartões amarelos: Hasebe, 
Cartões vermelhos: Nenhum
Gols: Neymar aos 3 minutos, Paulinho aos 47 e Jô aos 90+3.

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Brasil: Luis Felipe Scolari - 4-2-3-1 | Japão: Alberto Zaccheroni - 4-2-3-1

Opinião:

Alguns problemas do Brasil em campo
- Apenas numa parte de tempo, na primeira etapa, Daniel Alves errou vários passes e tentou um chute desnecessário.
- Falta para a seleção, Hulk e Neymar na bola. A cobrança era longe do gol e do lado direito do campo. Chute forte para Hulk ou cobrança na área de Neymar. Nem um, nem outro. Neymar ajeitou para Hulk que  deu o chute, mas o chute ficou no jogador japonês.

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