No entanto, o que se viu no primeiro tempo, foi um PSG bastante sólido, com o Valencia, mesmo jogando no Mestalla, perdendo no meio campo e penando para atacar. A postura do time francês, de jogar sem medo na casa do adversário, deu certo e o 4-4-2, algo raro nos grandes times atualmente, funcionou muito bem com o ótimo primeiro tempo do estreante Lucas.
Carlo Ancelotti não contou com Thiago Silva na defesa e preferiu Jallet à van der Wiel na lateral. Na segunda linha de quatro, Lucas tomou conta, defendendo e atacando com precisão, para cima do meia, improvisado na lateral, Andrés Guardado. O mexicano que seria a grande aposta do time, nas investidas do time de Valencia, perdeu tanto no ataque, quanto na defesa, levando um belo drible de Lucas que originou o segundo gol do PSG.
Verrati e Matuidi se completam no meio campo de Ancelotti, com o passe e a força, respectivamente, sendo seus principais atributos. E Pastore na esquerda, não apareceu tanto no primeiro tempo, apesar do gol, mas fez uma partida na média. Bem acima de Ibrahimovic, que mais uma vez num mata-mata de Champions, não jogou o que habitualmente se vê dele. Depois de Lucas, Lavezzi foi quem mais apareceu, correu, tabelou e marcou o primeiro gol do time, numa falha do goleiro Guaita.
Ernesto Valverde viu Guardado sofrer nas mãos de Lucas, mas não tinha outra opção com as ausências de Cissokho e Mathieu. Talvez improvisar o zagueiro Victor Ruíz para brecar o adversário, mas não era o que havia sido treinado e praticado. Guaita não fez boa partida, afobado em alguns lances, falhando no primeiro gol e podendo pegar o segundo, Diego Alves não deve ter gostado do que viu.
João Pereira, Ricardo Costa e Rami, fizeram uma partida boa dentro do possível, assim como a dupla de volantes Parejo e Tino Costa, esse último que proporcionou grande perigo com suas bolas paradas – até resultar no lance que originou o gol de Rami e que dá uma pequena chance ao time para a partida de volta. Contudo, o grande problema do time de Valverde foi o insosso Banega como meia de armação e um apagado Jonas na meia-esquerda.
Com Guardado, Jonas, e Banega agindo pouco, o Valencia perdeu suas principais armas, e Valverde logo trocou Jonas e Banega por Valdéz e Canales. Deu certo. O jovem espanhol atuou na esquerda e trocava bom passes no meio, assim como Valdéz. Mas nada disso fez tanta diferença quanto a saída de Lucas do jogo (que mais tarde descobriu-se ser por lesão) para a entrada do volante Chantôme.
Nisso acontece o erro de Ancelotti. Se colocasse Menéz a pretensão seria continuar a segunda etapa com a mesma intensidade da primeira. Com Chantôme (que até marcou um gol, impedido) o time ficou mais retraído e viu o Valencia, com Guardado, ir para cima. Mesmo com algumas tentativas do time, o gol saiu mesmo na bola parada de Tino Costa. Outro ponto a comemorar foi a boba expulsão de Ibrahimovic, que chegou solando na maldade o mexicano. Ainda assim, a vitória do PSG deixou o clube com uma mão nas quartas de final da competição.
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