sábado, 15 de dezembro de 2012

Adeus, Marcos

Não vi o jogo de despedida do Marcos. Aguardava para que o jogo começasse e assim que a transmissão iniciou, entrada de jogadores, de Marcos ao lado de seus três filhos e de várias placas, estátuas, troféus, homenagens e, é claro, o canto da torcida palmeirense, para o maior goleiro que a Sociedade Esportiva Palmeiras já viu e um dos maiores que o mundo já viu. Mas não vi o jogo. A luz caiu. Não entrei em desespero, mas fiquei triste. Esperando pela luz voltar, fui dormir ao perceber que ela demoraria para voltar.

Mas irei assistir a gravação que fiz da retransmissão que passará hoje, 12/12/12. Tudo doze para a camisa 12 que Marcos vestiu na maior parte de sua história no Palmeiras. O goleiro e jogador mais querido de todos as torcidas de todos os times brasileiros, conseguiu a façanha de reunir os dois times que mais marcaram a minha infância. No tempo que esquema tático não fazia tanta diferença, que os estádios brasileiros pareciam viver cheios (de alegria) e que todos os jogos pareciam ser disputados com se fossem finais. Marcos reuniu o Palmeiras campeão da Libertadores em 99 e que fazia eu pular de alegria pelas vitórias e por ser palmeirense. E a seleção brasileira campeã mundial em 2002, nas manhãs e madrugadas do Brasil e que, com aquele bigodudo no banco e um trio de R's na frente, e com ele, é claro, brilhando muio no gol, fez eu ver o único título da nossa seleção. 
Homenagem ao Marcos em jogo amistoso contra o Ajax FOTO: globo.com
E vendo todos aqueles jogadores daquela seleção e também do time palmeirense, parei para pensar que mesmo tendo Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu, jogadores tão importantes para a seleção e para seus clubes, não tiveram a mesma celebração ao final da carreira, que o arqueiro palmeirense teve. Talvez porque acabaram meio contra a própria vontade ou nem acabaram direito, o motivo para que o goleiro palmeirense recebesse toda essa festa e muito mais, todos sabem. Marcos merece por dedicar toda a sua carreira a um só clube, provando que o amor do jogador pelo seu clube do coração, é maior que o dinheiro. Na época com 12 anos, não sabia da oferta do Arsenal por ele. Seja lá quantos milhões eram, ele ficou, mesmo com o clube Série B. E se ficou, era para nunca mais sair, nem do clube, nem do coração dos torcedores alviverdes. 

O carisma e o jeito do “São Marcos”, junto a suas histórias, não passam despercebidos por onde quer que ele passe. Ele que é, sem dúvida nenhuma, o melhor jogador de todos os tempos do Palmeiras, junto a Ademir da Guia – que esteve presente ontem e até jogou. Talvez nem junto, para mim e para muitos outros palmeirenses mais jovens, já que não vi o “Divino” jogar. Merecido para ele que recusou a número um por respeito a Velloso, mas que nem precisa disso, pois é, e sempre será o número 1 de todos os palmeirenses.

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