Arteta?
Não, não é ele quem deveria bater esse pênalti. A sensação de que a
torcida do Arsenal não sairia feliz do estádio, mesmo após ter um tiro
livre de sete metros a seu favor veio a mim quando o número 8 dos
gunners se posicionou para a cobrança. A previsão para o sábado era de
futebol de manhã (mais exatamente futsal) e artigo de assessoria de
imprensa à tarde – claro, com a televisão ligada nos jogos de futebol na
Europa que agitam todo o meu final de semana.
Um eu sempre vejo.
A derrota do meu time no primeiro jogo do
dia, o almoço atrasado e os olhos focados também no notebook, fizeram
com que não visse a peleja entre Arsenal e Fulham de “cabo a rabo”. Mas
deveria, diante do ótimo confronto
que ambas as equipes realizaram. Algo inédito até 11º rodada, foi o
Arsenal marcar duas vezes com pouco mais de 20 minutos. Os contratados e
“criticados” Oliver Giroud e Lukas Podolki balançaram a rede
adversária, esbravejaram e naquela cena, a dúvida apareceu.
Seria a noite dos gunners?
Giroud marca o gol de empate do Arsenal FOTO: Getty Images |
Este que fez a partida mornar na segunda
etapa, até o momento que o juiz apitou pênalti que o búlgaro Berbatov
converteu, colocando os visitantes na frente. 3 a 2. Todavia, a alegria
durou pouco. Mais exatamente
dois minutos. Giroud foi lançado e saiu sozinho em direção ao goleiro
Schwarzer. O veterano australiano cresceu em frente ao francês que
acertou a bola na trave. No rebote, Walcoot cruzou sem titubear na
cabeça do centroavante que não desperdiçou e empatou
a partida, alegrando novamente a torcida arsenalista.
O melhor ainda estava por vir. O gol de
empate animou o time de Wenger que foi para cima, mas as tentativas de
gol sempre paravam no goleiro Schwarzer. Uma, duas, três defesas feitas
por ele, deixaram o placar igual.
Quando o empate parecia ser o resultado do embate, o árbitro Phil Dowd
apitou mão na bola, mesmo que sempre seja bola na mão, dentro da área de
Schwarzer. Mesmo que de forma um pouco injusta, era a chance do Arsenal
sair com a vitória, sofrida por sinal, e
garantir os três pontos para subir algumas posições no campeonato.
Arteta decepcionado após perder o pênalti que daria a vitória FOTO: Getty Images |
Mas a camisa oito (número preferido de quem
vos escreve) de Arteta apareceu na tela da TV e não demonstrou
confiança de que seria ele o autor do gol da vitória convertendo o
pênalti. Os 94 minutos apontavam que
aquele seria o último lance do jogo, lance que brilhou o goleiro
Schwarzer que pulou para a esquerda e defendeu a boa – mas não decisiva –
cobrança de Arteta, garantindo a vitória para o Fulham, mesmo que ela
tenha valido apenas um ponto na classificação (exagerado).
O outro jogo da noite – na Inglaterra –
marcado às 15h30 no Brasil, entre Aston Villa e Manchester United,
iniciou com total atenção do blogueiro. A meia hora que intercalou as
duas partidas foi o suficiente para
tentar fazer um pouco do artigo antes de abandonar tudo e dedicar ao
jogo, como há tempo não fazia. O cansaço do jogo da manhã ainda estava
presente e isso ajudou a deitar tranquilamente no sofá. Mas o que se viu
no primeiro inteiro da partida, realizada no
Villa Park, estádio do Aston Villa, foi um primeiro tempo nada animador,
ainda mais para quem tinha acabado de ver seis gols (sendo quatro no
primeiro tempo) na partida anterior.
Com um meio campo jogando mal, com Valencia e Young pelas alas não conseguindo se infiltrar na boa marcação dos villans, e um Paul Scholes – do qual sou muito fã – sem tanta vontade de jogo, o Manchester mesmo jogando melhor e mantendo pequena superioridade na posse de bola, não conseguia marcar, visto que a temida dupla Rooney e van Persie não estavam num dia tão bom. O 4-2-3-1 do time da casa montado por Paul Lambert, apostando no contra-ataque deu resultado apenas aos 46 minutos do primeiro tempo. Um banho de água fria ainda mais gelada sobre os red devils. Benteke adiantou a bola na esquerda, ganhou no jogo de corpo de Smalling e tocou rasteiro na entrada da área para o jovem austríaco Andreas Weimann. Ele pegou bem de primeira, jogou em cima de De Gea que não conseguiu evitar o um a zero.
Com um meio campo jogando mal, com Valencia e Young pelas alas não conseguindo se infiltrar na boa marcação dos villans, e um Paul Scholes – do qual sou muito fã – sem tanta vontade de jogo, o Manchester mesmo jogando melhor e mantendo pequena superioridade na posse de bola, não conseguia marcar, visto que a temida dupla Rooney e van Persie não estavam num dia tão bom. O 4-2-3-1 do time da casa montado por Paul Lambert, apostando no contra-ataque deu resultado apenas aos 46 minutos do primeiro tempo. Um banho de água fria ainda mais gelada sobre os red devils. Benteke adiantou a bola na esquerda, ganhou no jogo de corpo de Smalling e tocou rasteiro na entrada da área para o jovem austríaco Andreas Weimann. Ele pegou bem de primeira, jogou em cima de De Gea que não conseguiu evitar o um a zero.
No intervalo, Alex Ferguson tirou o apagado
Young – que recebia vaias da torcida do seu ex-time toda vez que pegava
na bola – e colocou “Chicharito”. Com o número 14 nas costas e vontade
de fazer a diferença, o
mexicano ficou com expressão insólita quando saiu o segundo gol do time
da casa, novamente com Weimann, dessa vez aproveitando passe de
Agbonlahor, novamente da esquerda, após a jogada iniciar pela direita.
Com a partida reiniciada após o gol,
Chicharito não imaginava – ou sim? – que a estrela dele brilharia mais
que a de Weimann, atacante de 21 anos que, até então, seria o grande
nome para acabar com um jejum de 17
anos sem vitória do Villa sobre o United no Villa Park. Oito minutos
após o time da casa ampliar, o mexicano recebeu belo lançamento e ao
matar a bola, quando parecia que ele perderia o domínio e,
consequentemente a bola, tudo se ajeitou para que ele pudesse
conseguir o chute que, mesmo fraco, passou pelo goleiro e pelo defensor,
diminuindo o placar.
Chicharito comemora o gol em sua noite iluminada FOTO: Reuters |
O empate diminuiu um pouco o ritmo do
Manchester, que sem pressionar tanto, esperava que o gol da virada
pudesse sair a qualquer momento. Assim como aconteceu duas vezes com
Robin van Persie que de cabeça, acertou
o travessão após cruzamento na área. Faltou pouco, mas após o atacante
holandês novamente acertar o travessão, depois de bela jogada no qual
cortou da direita para dentro e com a esquerda chutou forte, parecia não
ter jeito. Era Javier Hernández que teria que
fazer o terceiro, o da vitória. E assim foi.
A cobrança de falta de van Persie encontrou
um determinado Chicharito que saiu da marcação, e se abaixou para
cabecear no canto esquerdo do goleiro, há três minutos do fim. O camisa
14 saiu correndo para comemorar
com a torcida o feito, para depois seus companheiros chegarem para
abraçá-lo. O jogo que parecia ser de Weimann e do Aston Villa, mudou,
foi de Chicharito, mais uma vez do Manchester United, que manteve o
tabu, e agora são 18 jogos invictos no Villa Park.